O IPCA-15, calculado pelo IBGE, indica uma prévia de aumento na inflação de 1,73% em abril. É o maior aumento no mês de abril desde 1995, mais um recorde quebrado pelo governo Bolsonaro. Considerando o acúmulo em 12 meses chega em 12%, mantendo o Brasil entre os 5 países com maior inflação no mundo.
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O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor - Amplo 15), calculado pelo IBGE, é um índice que calcula a inflação num período de 30 dias. O relatório divulgado indica uma prévia de aumento na inflação de 1,73% em abril. É o maior aumento no mês de abril desde 1995, mais um recorde quebrado pelo governo Bolsonaro, fazendo com que os trabalhadores paguem a conta da crise criada pelos capitalistas. Considerando o acúmulo em 12 meses chega em 12%, mantendo o Brasil entre os 5 países com maior inflação no mundo.
A maior alta está registrada nos combustíveis e alimentos, com impacto direto na vida de todas famílias trabalhadoras no país. O preço dos combustíveis, em específico, sentem o reflexo direto do reajuste no preço médio da gasolina nas refinarias, impactando os demais itens e principalmente os alimentos. Um aumento que também é reflexo da reacionária guerra promovida pela Rússia na Ucrânia e pela sanções imperialistas que elevam o preço do petróleo em todo mundo.
Veja abaixo uma lista dos itens que mais aumentaram:
Combustíveis:
-Óleo diesel: 13,11%
Etanol: 6,60%
Gás veicular: 2,28%
Alimentos:
-Tomate: 26,17%
Cenoura: 15,02%
Leite longa vida: 12,21%
Óleo de soja: 11,47%
Batata inglesa: 9,86%
Pão francês: 4,36%
Outros:
-Botijão de gás: 8,09%
Produtos farmacêuticos: 3,37% (fruto do aumento nos preços dos medicamentos autorizado por Bolsonaro)
Alimentos e bebidas, 2,25%
Vestuários: 1,97%
Passagens de metrô: 1,66%
Ônibus urbanos: 0,75%
O IPCA-15 é calculado a partir do dia 16 do mês anterior até o dia 15 do mês atual. Considera nove grupos de produtos e serviços e mais de 465 subitens. Abrange família com rendimento mensal de 1 a 40 salários mínimos em 10 capitais e no Distrito Federal. Somente em 2022 o índice já acumula 4,31%.
Isso tudo num cenário onde 76% da população foi afetada pela alta da inflação e do preço dos alimentos, de acordo com pesquisa da CNI. O governo reacionário de Bolsonaro e o conjunto dos capitalistas seguem descarregando a crise nas costas dos trabalhadores, controlando os preços para garantir e ampliar seus lucros, enquanto a classe trabalhadora sofre com o desemprego e a defasagem dos salários.
Veja mais em: 25/04: 76% da população foi afetada pela alta da inflação e do preço dos alimentos
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