www.esquerdadiario.com.br / Veja online / Newsletter
Esquerda Diário
Esquerda Diário
http://issuu.com/vanessa.vlmre/docs/edimpresso_4a500e2d212a56
Twitter Faceboock
Educação
Maíra Machado: “a evasão escolar mais que dobrou. A culpa é de Bolsonaro e da direita que joga a juventude na precarização!”
Redação

Veja a declaração da professora Maíra Machado, dirigente do MRT e militante do Pão e Rosas.

Ver online

Segundo dados do Censo Escolar realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o percentual de estudantes do ensino médio na rede pública que abandonaram os estudos saltou de 2,3% em 2020 para 5% em 2021. Ainda segundo o levantamento, a região Norte do país foi a que mais sofreu com o abandono dos alunos. Enquanto o país teve um índice de 5% no ensino médio, os estados do Norte, juntos, acumularam uma taxa de 10,1% de abandono. Já na etapa do ensino fundamental, o valor foi de 2,5% nesta região. Sobre o tema, Maíra Machado, dirigente do MRT e militante do Pão e Rosas, disse:

“Esses índices escandalosos mostram o nível de sucateamento da educação pública em nosso país. Bolsonaro, Mourão e os militares elegeram a educação como um de seus principais alvos, tudo para enriquecer os tubarões do ensino privado, precarizando o trabalho do professor, o ensino e a vida da juventude. Junto deles está toda a direita que promoveu o golpe de 2016, e que aqui no estado de São Paulo tem o tucanato como uma das principais expressões, contando com figuras asquerosas como Geraldo Alckmin - um ladrão de merenda que reprimiu os professores em greve e a juventude que se rebelava em 2013.

Os ataques à educação se complementam ao aumento da carestia de vida, com a inflação altíssima, salários de fome e miséria, empurrando milhares e milhares de jovens, em sua maioria negros e da periferia, a abandonarem a escola para ajudarem na renda de suas famílias. E o trabalho que está reservado para essa juventude são os mais precários, pedalando 12 ou 14 horas por dia em uma bicicleta com uma bag nas costas, na terceirização, vivendo de bicos. Essa é uma das caras mais nefastas e racistas da reforma trabalhista e da previdência, que obriga esses jovens a trabalharem até morrer.

Os capitalistas roubam o direito a uma educação pública, gratuita e de qualidade para os filhos da classe trabalhadora, e também querem roubar seu direito ao futuro. Por isso é preciso dar um basta ao conjunto desses ataques, nos inspirando na força da juventude precarizada nos Estados Unidos, em sua maioria negra e feminina, que luta pelo seu direito de sindicalização contra os maiores bilionários do mundo na Amazon e Starbucks. Precisamos de unidade entre professores e estudantes, do conjunto dos trabalhadores com a juventude para derrotar a extrema-direita e os ataques à educação na luta de classes!

Nesse sentido, o que fazem Lula e o PT se aliando com o ladrão de merenda neoliberal e privatista Geraldo Alckmin, é usar nossos direitos como mera moeda de troca nas eleições. Não só conciliam com os mesmos golpistas que abriram caminho à Bolsonaro, como querem administrar o capitalismo brasileiro com todos os ataques que precarizam a juventude e sucateiam a educação pública intacta. E enquanto isso, as centrais sindicais como CUT e CTB, a UBES - que inclusive fez um congresso recentemente ratificando a linha eleitoralista da UJS e do PT - a UNE não convocam um plano de lutas para derrotar Bolsonaro, os militares e os ataques à nossa classe hoje para não comprometer seus acordos com a direita.

Para dar um futuro à juventude, precisamos nos auto-organizar nas escolas, fábricas, hospitais, universidades, em cada local de estudo e trabalho para combater a extrema-direita, exigindo das burocracias que rompam sua paralisia. Precisamos batalhar pela revogação de todas as reformas ultraneoliberais; destinar mais verbas para a educação com o não pagamento da dívida pública; pelo reajuste salarial de acordo com a inflação; repartir as horas e postos de trabalho entre empregados e desempregados, com o fim do trabalho precário; por uma jornada de trabalho de 6 horas diárias e 5 dias na semana para que a juventude possa ter tempo de estudar com uma educação pública, gratuita e de qualidade, e desfrutar a vida em seus mais distintos aspectos.”

 
Izquierda Diario
Redes sociais
/ esquerdadiario
@EsquerdaDiario
[email protected]
www.esquerdadiario.com.br / Avisos e notícias em seu e-mail clique aqui