Carta conta com assinaturas de banqueiros, empresários, políticos como João Dória e agora o apresentador Luciano Huck. Não é possível derrotar o bolsonarismo com os responsáveis e apoiadores do golpe institucional de 2016 e as reformas trabalhista, da previdência e o teto de gastos que jogam a crise na costas dos trabalhadores.
|
Na semana passada foi lançado o "manifesto pela democracia" de autoria de grandes banqueiros, empresários, políticos, entre outras personalidades. Trata-se, principalmente, de atores ativos responsáveis pelo golpe como a Febraban, FIESP, agora conta com João Dória e Luciano Huck.
O manifesto está previsto para ser lançado no dia 11, quinta-feira, na faculdade de direito da USP, que pretende unir com o ato do dia do estudante. Não é possível enfrentar o bolsonarismo com que esses mesmos atores responsáveis por abrir caminho para extrema-direita.
Da mesma forma, o PT e Lula vêm usando o "combate ao bolsonarismo" e a "defesa pela democracia" para justificar todo tipo de aliança com a direita, como é de exemplo o vice Alckmin na chapa, e reunir setores da burguesia. É urgente o combate ao bolsonarismo, uma ameaça aos trabalhadores e trabalhadoras, ao povo negro, mulheres, as LGBTQIA+ e indígenas, mas não será possível com a conciliação de classes.
É preciso uma política independente dos patrões, dos grandes banqueiros, do agronegócio, da direita, os trabalhadores e trabalhadoras precisam tomar o controle da situação política em suas mãos sem confiança na aliança com a direita, mas com os setores oprimidos inimigos da extrema-direita bolsonarista. As centrais sindicais precisam convocar um plano de lutas para barrar os ataques e as ameaças golpistas.
Editorial MRT: Contra o golpismo de Bolsonaro e as reformas: manifestações e greves sem banqueiros e empresários
|