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Extrema direita
Enquanto pessoas catam comida no lixo, governo Bolsonaro gasta 90% em emendas do relator
Camila Campelo
Mestranda em Psicologia pela UFRN e militante da Faísca Revolucionária

Poucos dias antes do prazo eleitoral, Bolsonaro empenhou 90% do orçamento secreto destinado a emendas do relator, enquanto pessoas catam comida no lixo e passam fome, diante do aprofundamento da crise no país com desmeprego e inflação dos alimentos e combustíveis, é essa a prioridade do governo genocida de Bolsonaro!

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Imagem: Onofre Veras/TheNews2/Agência O Globo

Foram 7,4 bilhões em emendas que a gestão se comprometeu a pagar, quase a totalidade do orçamento secreto em três semanas antes de vencer o prazo eleitoral. Desse valor, 6,6 bilhões já foram enviados para as prefeituras, estados, ONGs ou empresas, correspondendo mais da metade dos 10,4 bilhões pagos em 2021. Os estados mais beneficiados foram Minas Gerais, Maranhão, Bahia, Roraima e Alagoas.

No governo Bolsonaro quadruplicaram os empenhos para emendas de relator. Não é coincidência que em ano eleitoral esse valor atinja níveis absurdos e sem a obrigatoriedade de prestação de informações a respeito dos parlamentares que recebem, tampouco do que farão com o dinheiro. Tudo isso diante do cenário precário em que se encontram milhares de trabalhadores e pessoas que entram nos rankings da fome no país, tendo que revirar lixo para se alimentar, com a incerteza diante das contas que se acumulam a cada mês.

Arthur Lira (PP), presidente da câmara dos deputados e deputado federal de Alagoas, declara apoio ao orçamento secreto, dizendo que isso traz “benefícios para o povo, que é o mais importante“. Demagogia escancarada que esconde o caráter eleitoreiro da destinação dos recursos, mas que o deputado garante que possíveis desvios de dinheiro devem ser fiscalizados pelos órgãos de controle, como se fosse eficaz confiar no trabalho do judiciário apoiador do golpe institucional de 2016 e na Polícia Federal, braço armado do Estado.

Nesse contexto, é notável que não vai ser uma carta pela democracia, lida no último 11 de Agosto pela Frente Ampla - unindo a FIESP e a Febraban com setores que se dizem de esquerda e STF - que irá supostamente defender a democracia e barrar o bolsonarismo através das urnas. É preciso que as centrais sindicais rompam com sua trégua, principalmente a CUT e CTB, mas também as entidades estudantis como a UNE e organize um plano de lutas frente ao 7 de setembro bolsonarista, contra as reformas e os ataques. O combate contra a extrema direita deve passar pela luta organizada na luta de classes, através de assembleias, reuniões de base, greves e paralisações, no sentido de que é só pela auto-organização dos trabalhadores que é possível esse enfrentamento para que sejam os capitalistas que paguem pela crise.

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