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Bizarrice conservadora
Bolsonaro gasta fortuna para imitar ditadura e receber coração de D. Pedro I
Diego Nunes

Como se o Brasil não tivesse nenhuma prioridade como a fome e o desemprego, uma fortuna está sendo gasta para trazer, manter e levar de volta o coração, mantido em formol, de Dom Pedro I, uma prioridade de Bolsonaro para brindar com nostalgia conservadora as atrocidades da Ditadura e do Império. O que representa esse órgão falido do imperador morto? É parte da necropolítica de Bolsonaro? É de se questionar.

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Foto: Marcelo Camargo\Agência Brasil

Bolsonaro pediu emprestado a Portugal o coração de Dom Pedro I mantido em formol. Uma relíquia bizarra que está sendo recebida nesta terça-feira (23) por Bolsonaro com honrarias de chefe de estado, como se o ex-imperador morto estivesse vivo. Um evento caro e eleitoreiro que tenta imitar o suposto patriotismo da época da ditadura militar que em 1972 expôs os restos mortais de Dom Pedro I em diversas cidades brasileiras também em comemoração ao 7 de setembro.

O evento está sendo recebido com bastante críticas de figuras públicas e candidaturas de esquerda. Marcelo Pablito, trabalhador da USP, militante do MRT e do Quilombo Vermelho e candidato a deputado federal pelo Pólo Socialista Revolucionário twitou:

É preciso registrar também que o processo de independência do Brasil não contou com o protagonismo dos negros, ainda escravizados na época, dos pobres e dos indígenas, passou muito longe disso. O processo que é conhecido como independência do Brasil passa por articulações entre as elites e disputas internacionais, como bem pontua Valéria Muller em artigo escrito em 2017.

Dom Pedro I nada tem de herói para os mais pobres, decendentes do povo negro escravizado e indígenas. É um herói torto das elites que batalhou pelos seus próprios interesses ao se vender e endividar o Brasil que passou de dependência econômica de Portugal para a Inglaterra e depois ao Estados Unidos. Uma real independência do Brasil só se dará com o povo pobre e trabalhador nas ruas batalhando pelo não pagamento da fraudulenta dívida pública que herdamos desde a época do Império, tomando as rédeas da política e da economia em suas próprias mãos para então sim dar um verdadeiro grito de liberdade revolucionária.

 
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