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Merenda escolar
Miséria capitalista: No país que mais exporta alimentos, estudantes dividem ovo na merenda
Redação

Recentemente estão sendo noticiadas denúncias vindas do “Centro Educacional 3 de Planaltina”, no Distrito Federal (governado pelo reacionário bolsonarista Ibaneis). Relatos das crianças sendo carimbadas como forma de controlar para não poderem repetir a merenda. Sem falar na quantidade, que chega ao absurdo de dividir um ovo entre quatro.

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Com um nível altíssimo de desemprego no país, muitos alunos têm sua única refeição garantida na escola, agora enfrentam cortes até nos itens básicos da merenda como arroz ou ovo.

O fundo destinado às merendas vem do PNAE, que atende a 41 milhões de estudantes no país todo. O Governo Federal envia um valor por estudante/dia aos estados e municípios para custear as despesas. Nesse momento é de R$ 1,07 na creche; R$ 0,53 na pré-escola e R$ 0,36 para o fundamental e o médio. 0,36 centavos para uma refeição.

Essas bizarras denúncias são fruto de uma política que vem sendo levada a frente desde 2017 com o golpe institucional, por Temer, seguido por Bolsonaro. Essa agenda foi apoiada pelo Congresso Nacional e balizada pelo STF. Aṕos o 7 de setembro vemos uma forte base bolsonarista que segue o endossando sob o discurso da continuação do legado do golpe de 2016. De outro lado temos a chapa Lula-Alckmin que se propõe a administrar as reformas e ataques sem olhar para trás. Há 5 anos sem reajuste no repasse (desde de antes do governo Temer em 2017, lembrando de toda inflação nos alimentos), Bolsonaro veta aumento aprovado no Congresso para 2023 com a justificativa de manter o orçamento abaixo do teto de gastos. Ou seja, tem dinheiro para pagar a fraudulenta dívida pública (essa que remonta os tempos do Império, com gastos explícitos para exército mercenários das reprimir as revoltas negras contra os senhores de escravos), mas para garantir uma refeição para os estudantes não existe dinheiro. O pagamento da dívida consome quase 50% do orçamento total da União.

Para garantir condições básicas para a população é necessário lutar pela revogação integral e imediata de todas as reformas e privatizações, batalhando pelo reajuste automático dos salários de acordo com a inflação. Contra a precarização do trabalho, defender o emprego para todos com a redução da jornada de trabalho para 6h, 5 dias na semana, sem desconto salarial, dividindo as horas sobrando entre desempregados. Para combater a fome que atinge milhões expropriar as multinacionais da alimentação sob controle operário. Esse programa só pode ser imposto com a unificação das lutas em curso enfrentando a paralisia das centrais sindicais (essas dirigidas pelo PT e PCdoB, CUT e CTB), e organizando desde as bases um plano de lutas para impor que a crise seja paga pelos capitalistas.

 
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