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Movimento Estudantil USP
Assembleia Geral dos estudantes da USP aprova exigência a UNE por um plano de lutas nacional
Faísca - SP

Nesta semana os estudantes da USP aprovaram em Assembleia Geral uma exigência para que a UNE construa um forte plano de lutas a nível nacional para lutar contra Bolsonaro, a extrema direita e todos os ataques à educação.

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No dia 18/10 ocorreram mobilizações por todo o país que expressaram uma importante disposição de luta que precisa ser massificada e potencializada. Os atos foram chamados após Bolsonaro tentar aplicar mais um ataque às universidades federais, cortando bilhões de reais das verbas das universidades e institutos, o que levaria ao fechamento de diversos cursos, cortes na permanência e marcaria um maior escalonamento dos ataques à educação pública e aos estudantes mais pobres que necessitam da permanência para continuar os estudos.

Após o primeiro turno, em que figuras horrendas foram eleitas como Damares Alves, conservadora que é linha de frente do ataque às mulheres, e o próprio Mourão, militar até então vice de Bolsonaro, esse setor de extrema direita se sentiu fortalecido para aplicar esse profundo ataque à educação, o que foi respondido com luta por universidades como a UFBA e a UFAL, que saíram às ruas demonstrando seu rechaço ao bolsonarismo. Essas universidades mostraram o caminho de que somente com a luta conseguiremos barrar todos os ataques, o que levou a que houvesse um recuo parcial no confisco da verba, o que expressa que a nossa luta organizada é o único caminho para conseguir nossas demandas, ao mesmo tempo que coloca a necessidade de massificação da nossa mobilização, de forma democrática e aliada aos trabalhadores, para derrotarmos de uma vez por todas a extrema direita.

Na USP vem se expressando um importante setor de estudantes que também demonstra uma fundamental disposição de luta na batalha contra os ataques da extrema direita, aos anos de projeto privatista levado a frente pelos governos do PSDB e por Alckmin e contra os cortes realizados pelas reitorias que atacaram as contratações de funcionários e docentes e a permanência estudantil. Essa disposição de luta dos estudantes se expressou em vários momentos como, por exemplo, na paralisação ocorrida em defesa da água para os moradores do CRUSP e por permanência, havendo no último período importantes mobilizações em diversos cursos contra o sucateamento da educação, como a FAUD, que entrou em greve exigindo a contratação de professores, e agora ocorre a ocupação no curso de pedagogia da USP de Ribeirão Preto, em que os estudantes lutam para que seu curso não feche justamente pela falta de docentes.

É fundamental que os estudantes que estão em luta por todo o país encontrem um respaldo para seguir lutando, e que a luta possa ser massificada para derrotarmos efetivamente a extrema direita e todos os ataques à educação, seguindo a luta em defesa de uma educação pública, gratuita e de qualidade, a serviço dos trabalhadores e do povo pobre. O primeiro turno demonstrou que não são alianças com a direita que vão conseguir derrotar o Bolsonarismo, nem nas urnas e muito menos nas ruas, mas sim é a luta organizada por meio da unidade entre os estudantes, trabalhadores e todos os setores oprimidos que pode acabar de vez com a extrema direita.

Nesse sentido, nós da Faísca Revolucionária propusemos na Assembleia Geral dos estudantes da USP que fosse aprovada uma exigência para que a UNE construa um verdadeiro plano de lutas a nível nacional para que as mobilizações do dia 18 não sejam um fim, mas sim o começo. O intuito dessa proposta é que possamos seguir e massificar a luta, e exigir que a UNE, que hoje é dirigida pela UJS (PCdoB), PT e Levante Popular da Juventude saia da passividade que hoje se encontra, que paralisa e impede a mobilização dos estudantes, por conta de sua estratégia eleitoreira de confiar que somente pela via eleitoral e a conciliação de classes levada pelo PT será a saída para os nossos problemas.

Infelizmente a atual gestão do DCE da USP composta pelo Correnteza (UP), Juntos (Corrente do PSOL) e UJC/MUP (PCB) se colocaram contra essa proposta, elemento que debatemos que é um impasse para a organização do Movimento Estudantil, pois a UNE é a entidade que representa todos os estudantes do país e precisa estar a serviço de fomentar a nossa luta contra todos os ataques, ainda mais em um momento de fortalecimento e institucionalização da extrema direita, então é fundamental que essa entidade seja conquistada novamente para as mãos dos estudantes e não mais esteja sob a direção burocrática que se encontra hoje e que atua como um freio para a luta dos estudantes.

Nós acreditamos que as expressões de luta que se expressaram no último período na USP, assim como a aprovação dessa exigência à UNE para que construa um plano de lutas nacional, são importantes pontos de apoio para a nossa luta a nível nacional, assim como as universidades federais que seguem se mobilizando sem dúvida expressam um forte exemplo a seguir e também são hoje um fundamental ponto de apoio. A nossa luta não pode parar, precisa se massificar, para lutarmos contra a extrema direita, o bolsonarismo, e contra todos os ataques à educação.

 
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