www.esquerdadiario.com.br / Veja online / Newsletter
Esquerda Diário
Esquerda Diário
http://issuu.com/vanessa.vlmre/docs/edimpresso_4a500e2d212a56
Twitter Faceboock
Racismo
“Não havia policiais, só traficantes”, Bolsonaro mostra mais uma vez que odeia os negros
Redação

No último debate eleitoral à presidente na Band, Bolsonaro disse que na passeata de Lula no Complexo do Alemão só tinha traficantes, expressando mais uma vez seu racismo e repulsa aos negros e pobres moradores de favelas.

Ver online

Após os resultados do primeiro turno que expressaram o avanço da institucionalização da extrema direita principalmente na câmara e no senado, Bolsonaro se ver melhor localizado para disputar o segundo turno com o Lula. Isso na prática pode significar que Bolsonaro não abrirá mão usar discursos sórdidos contra os setores mais oprimidos da classe trabalhadora para manter ainda mais firme sua base reacionária nessa disputa eleitoral. E isso ficou representativo no último debate na rede banderantes que ao tentar atacar seu adversário político, Bolsonaro esboçou seu ódio e racismo contra os negros e pobres moradores de favelas.

Ao criticar a ida de Lula ao Complexo do Alemão, comunidade localizada na zona norte do Rio de Janeiro, Bolsonaro se posicionou da seguinte forma: “Não havia polícias ao lado de Lula e só traficantes…” Se referindo aos moradores e outras figuras do movimento negro e social ao lado de Lula. Isso gerou debates e revoltas nas redes sociais, muitas figuras importantes do movimento negro se posicionaram colocando que na verdade não eram traficantes e sim moradores de favelas e que essa fala expressa o racismo cotidiano que pesa principalmente aos mais pobres e negros que vivem nas fevalas.

Em seguida no debate, Bolsonaro ainda tentou ligar Lula ao PCC numa suposta relação com Marcola e Lula “se defendeu" das acusações dizendo que tinha construído 5 presídios, como se isso fosse motivo de orgulho, sem falar que isso só aumentou o encarceramento em massa da população negra e pobre.

Leia também: “Construir mais presídios” não é o caminho para derrotar o bolsonarismo e a extrema-direita

Em suas redes sociais, Bolsonaro fez o seguinte twitter: "Todos sabem que em áreas dominadas pelo tráfico só entra em paz quem é amigo dos bandidos. Ao afirmar que visitou uma comunidade controlada por uma das maiores facções sem nenhuma proteção, coisa que nem a polícia consegue, Lula mostra mais uma vez que é o candidato do crime”. Insinuando uma suposta ligação que Lula teria com o tráfico de drogas e deixando escancarado mais uma vez seu ódio contra os negros se referindo as favelas como um lugar onde só tem criminosos.

Leia também: 15 frases de Bolsonaro que demonstram que é inimigo dos negros

Leia também: 10 vezes que Bolsonaro e a extrema-direita mostraram que são inimigos declarados das mulheres

Esse tipo de posicionamento de Bolsonaro é parte da política de extermínio que a extrema direita utiliza para justificar as operações policiais nas favelas, assassinando cotidianamente a juventude negra e pobre com operações policiais que resultam em chacinas. No Rio de Janeiro isso ficou concretizando na asquerosa linha política do Cláudio Castro, aliado de Bolsonaro, que em dois anos de governo bateu recordes de chacinas. Ao mesmo tempo que o Estado segue amargando os trabalhadores aos altos custos de vida com o aumento dos preços dos alimentos, moradia e transporte precário.

Todas as falas e medidas racistas dessa extrema direita tem que ser respondida com muito ódio de classe, passando pela batalha da auto organização dos trabalhadores como os principais sujeitos capazes de combater a violência policial e o racismo que é pilar estrutural da economia capitalista. Isso passaria pela exigência às centrais sindicais, como a CUT e CTB que organizem os trabalhadores em seus locais de trabalho e parem de separar a luta por nossos direitos do combate às opressões que os trabalhadores sentem e vivem na pele. As centrais sindicais deveriam organizar o ódio de milhares de trabalhadores que nutrem um ódio legítimo à extrema direita e a violência policial com atos de rua e paralisações a cada brutalidade policial cometida nas favelas. Para combater a escória da extrema direita é preciso ir na raiz do que significa sua existência, por isso não vai ser com alianças com os patrões e a direita que a extrema direita vai ser derrotada nessas eleições, só com organização e a luta de classes será capaz de varrer a extrema direita da história do país.

 
Izquierda Diario
Redes sociais
/ esquerdadiario
@EsquerdaDiario
[email protected]
www.esquerdadiario.com.br / Avisos e notícias em seu e-mail clique aqui