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Caserna
Golpista, Villas Bôas exalta atos bolsonaristas, mantendo ingerência dos militares na política
Yuri Capadócia

O ex comandante do Exército, General Villas Boas, novamente usou o twitter para expressar o seu golpismo. Em texto divulgado na rede social, fez coro com o discurso bolsonarista, exaltando os atos golpistas que vem ocorrendo no país, dizendo demonstrarem "incrível persistência" contra "os atentados à democracia, à independência dos poderes, ameaças à liberdade e as dúvidas sobre o processo eleitoral".

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Assim como já havia feito em 2018, quando ameaçou intervir no STF, exigindo a confirmação da prisão de Lula, Villas Bôas novamente expressa a posição da ala mais golpista das Forças Armadas, alinhada a Bolsonaro. Se o episódio anterior foi um marco da crescente politização dos militares no regime político, o novo posicionamento assinala como os militares seguirão intervindo na política, como mostra também o papel que cumpriram tutelando o processo eleitoral, ingerência reivindicada por Villas Bôas em seu texto.

Veja mais: Abaixo o relatório das Forças Armadas e toda tutela militar nas eleições em acordo com TSE!

Mesmo tentando se relocalizar, frente a vitória da chapa Lula-Alckmin, como visto na carta dos chefes das Forças Armadas, o objetivo maior dos militares é preservar as posições que ganharam no regime, desde os anos de governo petista com as genocidas Missões de Paz no Haiti e no Congo, mas principalmente pós-golpe de 2016, com a Intervenção Federal no Rio de Janeiro, com os 8 mil cargos ocupados no governo Bolsonaro.

Longe de enfrentar o golpismo mostrado pelos militares, a transição de Lula-Alckmin já deixou claro que quer colocar panos quentes na questão dos militares, buscando ampliar as pontes e colocar um nome à frente do Ministério da Defesa que agrade a caserna. Com isso, vemos como cresce a tutela dos militares no regime, da mesma forma como o autoritarismo judiciário do STF, dois poderes sem voto que disputam o papel de árbitros na política brasileira, defendendo cada um dos ataques da burguesia contra a classe trabalhadora.

É necessário repudiar essa nova ingerência de militares como Villas Boas na política, junto com o combate a todas as manifestações golpistas do bolsonarismo. Essa casta repudiável, que foi fortalecida nos governo do PT, precisa ser colocada no seu lugar. Um programa operário exige a abolição de todos os privilégios materiais dos militares de alta patente (pensões vitalícias, altos salários, etc.): fim dos tribunais militares superiores e julgamento por júri popular, ligado à abolição da Lei da Anistia, abertura dos arquivos da ditadura e o julgamento e punição contra todos os responsáveis civis e militares pelos crimes de Estado durante o regime militar.

 
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