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Agronegócio reacionário
Empresários do agronegócio goiano invadem Assembleia Legislativa contra taxação do setor
Redação

Ao mesmo tempo que protagoniza uma série de manifestações golpistas, o setor agora invadiu a Assembleia Legislativa de Goiás contra imposto ao setor.

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Um dos setores mais próximos ao bolsonarismo, o agronegócio tem protagonizado vários episódios nos últimos dias. Além dos bloqueios e manifestações golpistas nas rodovias, agora os empresários do ramo em Goiás invadiram a Assembleia Legislativa do estado. O fato ocorreu no dia de ontem.

O motivo: protestavam contra um projeto que pretendia taxar o setor em 1,65% para a revitalização de rodovias. O projeto foi proposto inclusiva por Ronaldo Caiado, um deputado ligado ao agronegócio, visto que a revitalização das rodovias seria benéfica ao setor. Os empresários não apenas invadiram a Assembleia, como xingaram e ameaçaram os deputados. Hoje, a presença do público foi vetada.

Como já mostramos nesse artigo, o agronegócio é uma das bases materiais de sustentação do bolsonarismo, tendo sido inclusive no "agrobelt" aonde o mesmo conseguiu suas melhores votações.

Esse setor, após ter crescido sendo enormemente beneficiado nos governos petistas, avançando inclusive no cerrado, onde Goiás está localizado, resolveu angariar mais espaço no regime político. Nesse sentido, viam o governo Bolsonaro como um governo "seu", ao mesmo tempo que esse garantia enorme benefícios, como a total conivência com o desmatamento e à degradação ao meio ambiente, além de ter sido o setor mais beneficiado na pandemia, que cresceu em 2020 mesmo com a queda na economia.

Esse setor, não apenas ganhou benefícios financeiros, como agora sua ala mais radicalizada se sente fortalecida para promover as manifestações e locautes golpistas e episódios como esse em Goiás. Nesse sentido, apenas a luta da classe trabalhadora organizada, em aliança com outros setores populares, como os camponeses e os povos originários, organizada pode dar uma resposta, levantando também um programa que ataque diretamente as bases de sustentação do agronegócio e que possa resolver os problemas estruturais do país: uma reforma agrária radical, que exproprie os latifúndios e distribua aos camponeses, garantindo também a demarcação dos territórios indígenas e as áreas de preservação. Apenas assim podemos garantir uma produção agrícola que esteja em harmonia com o meio ambiente e respeite o direito dos povos ancestrais, e que garanta uma produção que, ao invés de estar voltada a enriquecer o bolso dos empresários bolsonaristas, esteja voltada a resolver os problemas do país, como a fome que hoje assola milhões de lares brasileiros.

Infelizmente, o caminho oposto tem sido seguido pelo PT e pela direção das grandes centrais sindicais e da UNE - que está na mão do PT e dos seus aliados. O novo governo de transição busca incorporar setores do agronegócio supostamente "democráticos" e com "preocupação ambiental", ao mesmo tempo que busca mostrar como seu governo teria sido até melhor que o governo Bolsonaro para o setor. Ao mesmo tempo que as entidades já mencionadas não apenas retificam essa política, como se recusam a organizar os trabalhadores e estudantes para dar uma resposta à altura do necessário, chamando a confiar no judiciário - que protagonizou o golpe de 2016 e a prisão de Lula, permitindo a eleição de Bolsonaro - e na PRF bolsonarista.

 
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