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Empresa Soluções força terceirizadas da Unicamp a cumprir dupla função após demitir outras trabalhadoras
Redação

Nós, do Esquerda Diário, recebemos novas denúncias sobre as condições de trabalho nos bandejões da Unicamp. A empresa Soluções, logo após realizar uma leva de demissões em um dos restaurantes da Unicamp, agora planeja deslocar funcionárias de outra unidade para realizar funções não inclusas no contrato de trabalho no Restaurante Universitário. A reitoria segue calada sobre as condições de trabalho nos bandejões.

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A empresa Soluções Serviços Terceirizados, que assumiu a alimentação nos bandejões da Unicamp após a última troca de licitação, se esforça para piorar as condições de trabalho de suas trabalhadoras dia após dia. Como última medida, a chefia decidiu por desviar a função das trabalhadoras de um dos restaurantes da Unicamp transferindo-as para outro restaurante e as forçando a cumprir uma função que não está no contrato delas. A empresa está colocando trabalhadoras do setor da cozinha para realizar funções de limpeza, caracterizando acúmulo de função.

Isso acontece logo após a empresa mandar embora várias trabalhadoras sem pagar corretamente seus direitos, aplicando inúmeros descontos indevidos. Além disso a empresa declarou que irá descumprir um acordo que fez com a categoria durante a greve de Limeira, onde concordaram em seguir o calendário da Unicamp e dispensar as funcionárias no final do ano, mas agora disseram que elas terão que trabalhar nesses dias que antes já estavam reservados para folga.

Essa é a cara da terceirização, que precariza todos os dias as condições de trabalho e de vida das trabalhadoras, atrasa o pagamento de direitos básicos como o vale transporte e até mesmo os salários. E agora demite para não ter que pagar salários durante as férias e coloca as trabalhadoras que ficaram para cumprir a função de duas ou três pessoas, além de servir como uma ameaça às demais trabalhadoras que se mostrarem insatisfeitas com as condições de trabalho, como demonstraram as grevistas de Limeira, que fizeram dois dias de greve por melhores condições de trabalho. Não pode-se deixar de pontuar também que a greve serviu de alarme à empresa e à reitoria, que justamente demitem agora com medo do que possa vir dessas trabalhadoras sob pressão e sobrecarga.

Contra todos esses ataques, e outros, da empresa Soluções e da Reitoria, as trabalhadoras grevistas de Limeira mostraram o caminho quando se levantaram, sentiram o vento da liberdade e disseram “basta!”. Contra qualquer punição a essas lutadoras e contra o aprofundamento da precarização do serviço na universidade, precisamos ser contra todas as demissões e pelo pagamento devido dos salários atrasados.

Seguindo esse exemplo, os trabalhadores terceirizados de várias universidades entraram em greve após o último ataque do governo Bolsonaro às universidades federais. Com o corte das verbas destinadas às federais, os terceirizados dessas universidades protagonizaram greves e manifestações como foi no caso da UFRN, da UFRJ e da UFMG.

Frente a mais um ataque às universidades federais, que teve como alvo centralmente os estudantes bolsistas e as terceirizadas, os estudantes têm que se ver ao lado dos trabalhadores, pois apenas com a nossa aliança vamos poder lutar contra a terceirização, contra as demissões, pelo pagamento dos salários, por boas condições de permanência aos estudantes, mas também é com a aliança entre estudantes e trabalhadores, efetivos e terceirizados, que podemos avançar na luta pela revogação da reforma trabalhista, da previdência e do Ensino Médio e todos os ataques à pasta da educação nos últimos 8 anos

Não é possível arrancar nenhum direito confiando em empresários, como faz a chapa Lula-Alckmin, ao ter à frente no governo de transição grupos que têm interesses privatistas na educação, como o Itaú, a Natura e o grupo Lemann, que participam do Todos pela Educação e são alguns dos principais apoiadores da Reforma do Ensino Médio. É urgente que a UNE convoque assembleias em todas as universidades para organizar um verdadeiro plano de lutas contra esses ataques, que afetam os setores mais precários das universidades, que são os trabalhadores teceirizadados, em sua maioria negros, e estudantes bolsistas, além de todas as entidades da Unicamp, desde DCE, CAs e sindicatos lutarem por nenhuma demissão das trabalhadoras terceirizadas e pelo pagamento pleno de seus salários e direitos. A reitoria de Tom Zé e a empresa Soluções são responsáveis pelas demissões em pleno final de ano, assim como pela dupla função e pelas condições insalubres às quais as trabalhadoras estão sendo submetidas!

 
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