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Mais famílias passarão o Natal na rua por responsabilidade da empresa Soluções e da reitoria da Unicamp. Depois de uma demissão massiva no campus de Limeira e Piracicaba ontem, local onde as trabalhadoras fizeram uma forte greve em Novembro deste ano contra a precarização do trabalho, dezenas de terceirizadas agora são demitidas no campus de Campinas, um ataque regado a um banquete, para deixar dezenas de famílias nas vésperas do natal sem saber o que vão comer no mês seguinte. É preciso intensificar a campanha por nenhuma família na rua.
São mulheres, negras, mães, colocadas na rua em meio às festas de fim de ano, quando a universidade está esvaziada. Essas demissões contam com a conivência da reitoria Tom Zé, que se orgulha da "excelência" da Unicamp, enquanto é responsável pela situação de precarização do trabalho que tem se aprofundado no último período na universidade, chegando ao ápice com as demissões. Várias delas foram realizadas inclusive por carta ou atingindo trabalhadoras de atestado com Covid, sem aviso prévio. Hoje, estudantes da Faísca Revolucionária foram até o RU, onde representantes da reitoria negaram que haveria demissões, apenas algumas horas antes de acontecerem, em uma tentativa da reitoria de omitir o processo de demissão massiva.
Esse é o significado da terceirização e da precarização do trabalho, que se aprofundou após o golpe institucional e o governo Bolsonaro. Serve para aprofundar os lucros dos patrões e dividir a classe trabalhadora. Na Unicamp, as terceirizadas denunciavam a falta de EPIs, trabalhando com as mãos queimadas, ou sendo obrigadas a servir comida estragada. No campus de Campinas, por vezes a esteira para bandejas quebra e o esforço repetitivo adoece, além do assédio moral e das duplas funções.
Por isso, como expressamos aqui, chamamos todas as entidades estudantis, a começar pelo DCE-Unicamp, dirigido pelo PSOL, mas também o STU e a Adunicamp, a impulsionarmos uma forte campanha contra as demissões na Unicamp, pela readmissão imediata de todas as terceirizadas. Também chamamos os sindicatos da região de Campinas e Limeira, como os dirigidos pela esquerda, pelas Intersindicais e pela Conlutas, a darmos uma forte demonstração de solidariedade por nenhuma família na rua. Esse exemplo poderia impulsionar uma exigência às grandes centrais sindicais, como a CUT e CTB, contra o desemprego no país da fome.
Somente com o máximo de unidade, também com movimentos sociais como o movimento de mulheres e o movimento negro, podemos enfrentar esse ataque e unir forças para que não paguemos pela crise, por nenhuma família na rua, com o norte da efetivação de todos os terceirizados sem necessidade de concurso público.
Acompanhe a Faísca Revolucionária e a Nossa Classe Educação no RU de Campinas cobrindo as demissões e prestando solidariedade às terceirizadas:
Assine o Manifesto em defesa das terceirizadas e apoie a vaquinha, contra o Natal da fome a que a Soluções e a reitoria querem empurrar as terceirizadas.
Veja mais: ABSURDO: Empresa Soluções demite terceirizadas com Covid sem aviso prévio na Unicamp
Participe da campanha contra as demissões das terceirizadas da Unicamp!
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