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Cortes na educação
Sem nenhuma garantia efetiva, Pró-Reitoria da UERJ volta atrás e diz que não haverá fim do auxílio alimentação, mas que será reestruturado!
Faísca UERJ

A PR4 (Pró-Reitoria de Políticas e Assistência Estudantis) anunciou ontem que o auxílio alimentação foi prorrogado apenas até dia 31 de março de 2023 e que em breve será reestruturado dentro do Programa de Assistência Estudantil.

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Porém para es estudantes terem certeza que vão continuar estudando, a garantia imediata desse auxílio e junto de sua ampliação para que todos possam ter o direito de comer na UERJ é urgente! Para além do pagamento garantido nos futuros meses e da ampliação do auxílio, é crucial a construção de novos bandejões nos campi sem bandejão, sem trabalho precário!

2023 se iniciou com o fim do governo Bolsonaro, mas isso não significou o fim do desemprego, da fome e da precarização que continuam a tona, assim como as ameaças de não pagamento das bolsas em dezembro e a ausência do direito de se alimentar em universidades em todo o país.A permanência estudantil é conquista histórica do movimento estudantil e na pandemia o auxílio alimentação foi uma dessas batalhas dadas e que não está em jogo.

Somados agora a este absurdo anunciado pela Pró-reitoria de Políticas e Assistência Estudantis que em tese devia ter como foco a permanência dos estudantes na universidade, mostra como na realidade a reitoria descarrega a crise nas costas do conjunto des estudantes e trabalhadores, deixando claro os limites que podemos esperar dos setores institucionais da universidade e o papel que cumprem em estar a serviço dos ataques.

Nas eleições para o DCE, durante o debate, a gestão eleita (PT,PDT,PCdoB, LEVANTE) afirmou que é enriquecimento sem causa estudantes terem auxílio alimentação e poder bandejar, segundo a lei.Tal afirmação da chapa eleita poderia ter sido feita pela mesma reitoria e pró reitoria, o que neste momento fortalece posições como esta para não serem questionadas enquanto centenas de estudantes ficam a mercê de uma breve divulgação de um novo programa.

No fim do ano passado a UERJ foi noticiada por permitir o pagamento de salários absurdos a aliados de Cláudio Castro, além de terceirizadas com pagamentos atrasados, estudantes que chegaram ao fim do ano sem comer no bandejão, com a continuidade de bolsas e auxílios dependendo do orçamento do Estado. Castro, reeleito governador, foi nomeado como chanceler pelo ex reitor Lodi e reforçou proximidade ao governo Lula, presente na posse de domingo. Enquanto isso, os que realmente mantêm a universidade funcionando são tratados com fome e desemprego.

Por isso, é urgente que a reitoria garanta o auxílio alimentação permanentemente e amplie todos os outros permanentemente. Frente a isso,nós da Faísca viemos denunciando os “prazos de validade” das bolsas e auxílios, assim como as demandas e direitos do batalhão de trabalhadores que são quem de fato fazem a universidade funcionar não devem ficar de fora. Nesse sentido, para pôr em movimento a força capaz de conquistar essas garantias é urgente que o DCE UERJ mobilize a base estudantil, com assembleias como espaços máximos de deliberação onde todes estudantes têm direito a voz e voto e assim possam se organizar frente a importante luta em defesa da permanência estudantil plena, o fim da concessão do bandejão e pela efetivação dos terceirizados. Isso passa por enfrentar o reacionário, racista Claudio Castro, sem ilusão no governo Lula Alckmin que conta com empresários e apoiadores do golpe de 2016, como vemos na escandalosa nomeação para o Ministério de Turismo, “Daniela do Waguinho”, a qual fez sua recente campanha ao lado do miliciano Juracy Alves Prudêncio, o Jura .

Nacionalmente também vimos essa mesma política do atual DCE UERJ através da inércia da UNE, dirigida pelo PCdoB e o PT, frente aos brutais ataques e reformas que foram e estão colocados. Agora aparecem nomeando o ministro da Educação Camilo Santana, implementador da Reforma da Previdência e diversos casos absurdos de repressão, comemorando acriticamente, preparando seu papel no governo.

Há pouco, as terceirizadas, terceirizados e terceirizades da UFMG e UFRN mostraram o caminho, conquistando o pagamento de seus salários. Assim como também vimos a punição às terceirizadas da UNICAMP, que organizaram uma greve no campus de Limeira contra as terríveis condições de exploração, algumas semanas após perderem Cleide, trabalhadora terceirizada em meio ao turno e terem sido obrigadas a seguir trabalhando. Logo antes do Natal, a UNICAMP as demitiu massivamente. O movimento estudantil precisa estar ombro a ombro com quem faz a universidade funcionar todos os dias.

É urgente que setores da esquerda da UERJ se somem a esse chamado e aos que nas eleições para o DCE se disseram oposição: RUA, AFRONTE (ambos do PSOL e que estão juntos do PT e PCdoB no CASS UERJ), UJC e Correnteza, mas na prática seguem adaptados, vejamos nenhuma exigência feita até agora ao DCE UERJ. E que mantém a conivência da UNE, com palavras “combativas”, mas nacionalmente estão juntos a política de conciliação desta entidade, além das demais entidades estudantis e sindicatos.

Leia também: Duas estratégias: movimento estudantil independente ou subordinado a um governo de conciliação?

A oposição da UERJ cumpriu papel histórico na mobilização dentro e fora da universidade e hoje fica o chamado e a todes estudantes para fortalecer um movimento estudantil que esteja lado a lado dos trabalhadores dentro e fora da universidade, independente da reitoria e dos governos, rumo à uma universidade que esteja à serviço de toda a classe trabalhadora diante dos escombros da sociedade capitalista na qual estudantes e trabalhadores ao lado dos setores oprimidos serão protagonistas.

 
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