Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), duas torres de transmissão de energia foram derrubadas em Rondônia e uma no Paraná, as três com indícios de sabotagem. Nenhuma levou à interrupção do fornecimento de energia, mas essas ações se dão na sequência do dia de golpismo bolsonarista em Brasília e de ameaças da extrema-direita às refinarias e instalações da Petrobrás, outro setor estratégico da economia nacional.

A luta contra Bolsonaro e toda sua corja deve ser também a luta contra as reformas trabalhista, da previdência, lei da terceirização irrestrita e todas as privatizações dos governos Temer e Bolsonaro. Essas demandas vão na contramão da política de confiança nas instituições desse regime político, no judiciário e no aparato repressivo do Estado, instituições que estiveram por trás do golpe de 2016 e de cada ataque contra os trabalhadores e o povo pobre.

Por isso, denunciamos a paralisia da CUT e demais centrais sindicais, que legitima e coloca o protagonismo político nas mãos da polícia e do judiciário. Ao lado das entidades de massas, é preciso que chamem uma paralisação nacional e um plano de luta, para que a classe trabalhadora entre em cena como sujeito político independente. A Federação Única dos Petroleiros, os sindicatos de eletricitários e demais categorias estratégicas devem organizar suas bases contra as graves ameaças do golpismo de extrema-direita, que devem ser enfrentadas com organização dos trabalhadores desde a base, aliando a isso a luta para barrar ou reverter todas as privatizações.