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ENEM 2022
FGV ainda não pagou corretores por correção do ENEM 2022
Redação

A Fundação Getúlio Vargas (FGV) é uma das principais responsáveis pela aplicação e correção das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). E não pagou até hoje parte dos corretores do ENEM 2022, pagamento que era previsto para Março.

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O Instituto de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) é o principal órgão de autarquia federal vinculada ao MEC que realiza pesquisas e indicadores educacionais, e é o órgão responsável pelo ENEM, entretanto terceiriza todo o processo de aplicação, seleção e pagamento dos corretores do exame, que é de responsabilidade da FGV.

Segundo relatos de alguns corretores, a FGV teria prometido efetuar o pagamento até o final do mês de março de 2023, mas até o momento ninguém recebeu o valor devido. A situação tem gerado incômodo e preocupação entre os profissionais que contam com esse pagamento para complementar a renda ou mesmo arcar com despesas que ficaram pendentes.

É o que aponta um dos corretores em denúncia ao Esquerda Diário:

"Como avaliadora das redações do Enem 2022 quero denunciar atraso no pagamento do serviço prestado, previsto para março deste ano. A FGV não emite nenhum comunicado com nova previsão, não atende telefone e nem responde e-mail. Cumpri, junto com aproximadamente 5.000 revisores, uma jornada de trabalho exaustiva que durava 10h diárias, tempo necessário para revisar 150 textos por dia. O sentimento é de revolta e indignação. Assim como eu, muitos colegas relatam medo de falar publicamente sobre o assunto devido a um termo de sigilo e confidencialidade exigido no momento da contratação de trabalho."

Diante do ocorrido, a FGV ainda não se pronunciou oficialmente sobre o atraso nos pagamentos. No entanto, é importante que a organização se manifeste, oficialmente, o quanto antes para esclarecer a situação e dar uma previsão concreta de quando os valores serão pagos aos corretores. Em outro relato, um corretor obteve a informação por e-mail de que a fundação iniciará o pagamento a partir do dia 18 de maio, e que até o final do mês irá regularizar todos os pagamentos.

Segundo a fundação, a transição dos governos corroborou com o atraso, no entanto, na edição passada do ENEM 2021 também houve atrasos no pagamento aos corretores. Casos como este revelam o completo descaso com os corretores que em sua grande maioria são professores, que prestam este serviço para completar sua renda, e que todos os anos, anteriormente a aplicação do exame, passam por rigorosos testes de seleção, independentemente se já foram corretores em outros anos.

Pode-se observar aqui de forma diferente, mas sob as mesmas bases, como a terceirização do trabalho é a legalização da precarização e do descaso com os trabalhadores e trabalhadoras. No caso dos corretores do ENEM, que em sua maioria são professoras e professores, com uma parcela considerável atuando em escolas do ensino médio público, estão agora lutando contra o Novo Ensino Médio (NEM) e por direitos trabalhistas perdidos ao longo dos anos por serem uma categoria, historicamente, atacada e segmentada. Pensando nos ataques que a classe trabalhadora vem recebendo com as reformas dos últimos governos com a tomada e flexibilização de direitos trabalhistas, o Esquerda Diário vem impulsionando um manifesto a favor da revogação dessas reformas.

Assine você também o Manifesto Contra a Terceirização e a Precarização do Trabalho

 
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