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A 1 ano da fraude bilionária
Americanas: ex-diretores seguem impunes enquanto empresa demite milhares de trabalhadores
Alexandre Azhar

Primeiro ano do escândalo da fraude bilionária envolvendo a gigante varejista é marcado por impunidade dos diretores e ex-diretores e demissões em massa de trabalhadores.

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Foto: Fabio Lima

A gigante varejista Americanas segue no centro de um processo de recuperação judicial após a descoberta de uma fraude gigantesca, feita com conhecimento da direção e que levou a um rombo na ordem dos R$ 20 bilhões, como parte da ocultação do real volume de sua dívida. E termina o ano de 2023 com o fechamento de pelo menos 4 lojas e demissão em massa de 950 trabalhadores na semana entre Natal e Ano Novo, ligada ao encerramento de contratos após o período do Natal.

A demissão em massa segue outra, no início de dezembro, onde, segundo documentos regulatórios, 5.526 funcionários, a grande parte de contratos temporários precarizados, foram desligados após o fim do período de Black Friday.

Este processo, desde seu início, significou ataques aos trabalhadores e impunidade para os mandantes e beneficiários do crime. Atualmente com 33.861 trabalhadores em seu quadro, a Americanas demitiu mais de 10 mil pessoas desde o início de 2023, quando ultrapassava os 44 mil funcionários permanentes. Além disso, a empresa iniciou sua recuperação judicial devendo R$ 64,8 milhões em obrigações trabalhistas com ex-funcionários, que agora virarão objeto das especulações na negociata da empresa.

O que significa que, até agora perto de 25% dos funcionários já pagaram com seus empregos e precarização de suas vidas, o rombo causado pelos capitalistas da empresa que tem entre seus nomes, Jorge Lehman, dono da Ambev e um dos maiores bilionários do país, que ajudou a privatizar a Eletrobrás e o golpe de 2016, além de ser um dos principais articuladores do Novo Ensino Médio.

Os diretores da empresa, tal como Lehmann, ainda não viram qualquer repercussão real por suas ações. A CPI das Americanas, previsivelmente, não levou a nada (tem como esperar algo diferente desse congresso de fantoches do capital?) e os milhares de trabalhadores de uma das maiores varejistas do país ficam há mais de um ano na incerteza do futuro de seu sustento e de suas famílias.

O caso das Americanas demonstra a irracionalidade capitalista. Enxergar nesse caso um dos grotescos exemplos do que é esse sistema de miséria é importantíssimo para pensar a construção de alternativas para acabar com esse sistema e que também deve significar uma luta política contra seus governos. Mais do que nunca, é preciso gritar: que os capitalistas paguem pela crise que eles mesmos criaram! Nenhuma demissão! Pela expropriação sem indenização de empresas que demitem em massa, sob controle de seus trabalhadores!

 
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