Dia 19 a ponte de São Francisco foi bloqueada pelo Black Lives Matter como parte da jornada de luta pelo legado de Martin Luther King.
quinta-feira 21 de janeiro de 2016 | 00:20
#Oakland / #SanFrancisco Bay Area went in over the past #96Hours 2 airports, #BayBridge SHUTDOWN!!
#ReclaimMLK #MLK pic.twitter.com/QGV8Ds31L2
— M. H Arsalai (@ArsalaiH) 19 janeiro 2016
A ponte da baía de São Francisco, que conecta São Francisco e Oakland, foi bloqueada como parte de um longo fim de semana de protestos que reivindicavam o legado radical de Martin Luther King.
Esse é o segundo ano em que os manifestantes do Black Lives Matter celebram outro aniversário da morte de Martin Luther King Jr. fechando o trânsito na ponte da baía. Como parte das ações que se desenvolveram durante quatro dias, havia manifestantes que se acorrentaram a carros exigindo melhores condições de vida para a população negra de Oakland e São Francisco.
Em alguns cartazes podia-se ler a consigna “Black health matters” – A saúde dos negros importa.
"El pueblo está en las calles exigiendo libertad!" The march has started! #96Hours #ReclaimMLK pic.twitter.com/w8wi0XRhdQ
— Scott Campbell (@incandesceinto) 18 janeiro 2016
Essa ação foi a que culminou em quatro dias de protestos na área da baía, onde o movimento Black Lives Matter tem se mobilizado também sobre o assassinato de Mario Woods, de 26 anos, pelas mãos da polícia de São Francisco em 2 de dezembro de 2015.
Woods foi acusado de estar “armado” com uma faca de cozinha, quando foi cercado por ao menos dez policiais que diziam que sua aparência coincidia com a descrição de um suspeito. Cinco oficiais abriram fogo, assassinando Woods.
Este feito fatal volta a colocar em evidência a repressão estatal nas mãos da polícia. Desde Black Lives Matter afirmam que as medidas que se tomam são em geral insuficientes e por isso no sábado os ativistas começaram seus protestos contra os policiais envolvidos nos casos de "gatilho rápido" e nos tiroteios.
Estas jornadas de protestos também incluíram marchas exigindo justiça ao prefeito de Oakland e ao chefe de polícia, juntamente com um protesto em um fast food local, onde um trabalhador negro foi demitido injustamente.
#ReclaimMLK San Antonio #swujustice @MSWomensCenter pic.twitter.com/eTeAJfqoZK
— SWU (@swujustice) 18 janeiro 2016
Os manifestantes também nomearam as vítimas do “gatilho rápido” e do racismo nos Estados Unidos, como Tamir Rice, Reika Boyd, entre outras, levantando faixas com os nomes dos negros assassinados.
As patrulhas da Autopista da Califórnia chegaram ao lugar do bloqueio e começaram a reprimir e deter os manifestantes, prendendo 25 pessoas.
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