SEMANÁRIO Da revolta de 1936 à Nakba: a Internacional Comunista e a Quarta Internacional na questão palestina Noah Brandsch Este trabalho se propõe a contribuir para uma compreensão mais profunda da chamada “questão palestina”, em um sentido de pensar a superação do apartheid e da opressão colonial na região. Para isso, a pesquisa investigará mais profundamente um período que foi chave para o desenvolvimento dos conflitos hoje existentes: a Revolta na Palestina de 1936-39 e a criação do Estado de Israel em 1948 (Nakba); e se deterá em investigar as posições dos grupos da chamada “extrema esquerda” nestes processos. Mais especificamente, no Partido Comunista Palestino (ligado à Comintern) e nos grupos da Oposição de Esquerda/IV Internacional, e em sua ligação com os debates e questões da luta de classes internacionalmente.
SEMANÁRIO 59º CONUNE | UJS, tire as mãos de Honestino Guimarães! Rosa Linh No 59º Congresso da UNE, após a Juventude Faísca Revolucionária escorraçar o juiz do STF apoiador do golpe de 2016 e que votou contra o piso da enfermagem, Luiz Roberto Barroso, a direção majoritária da UNE soltou uma nota acusando “grupos minoritários de desrespeitar a democracia e os familiares de Honestino Guimarães”, estudante da UnB e presidente da UNE morto pelo regime militar homenageado na mesa de abertura. A UJS usa o nome de Honestino e apaga seu legado para justificar a aliança com o judiciário anti-operário que deixou impune toda casta militar e empresarial que promoveu os mais diversos crimes na ditadura, tudo isso em nome de “defender a democracia contra o fascismo”. Que democracia é essa? O 59º CONUNE referendou a subordinação da UNE ao governo de frente ampla de Lula-Alckmin. Nesse sentido, é preciso que a UJS tire as mãos de Honestino e nos debruçar sobre as lições de sua trajetória para preparar os combates do futuro.
SEMANÁRIO A Quarta Internacional frente à partilha da Palestina Alexandre Azhar O grande revolucionário marxista e fundador do exército vermelho, Leon Trótski, não chegou a presenciar a fundação, pelas mãos da ONU, do Estado de Israel em 1948. Sua vida foi, tragicamente, interrompida antes, por uma agente de Stalin. Recaiu, portanto, sobre os ombros da jovem IV Internacional, fundada por Trótski e outros militantes revolucionários que representavam a oposição marxista à degeneração burocrática da URSS e da III Internacional, pouco mais de uma década antes, a tarefa de analisar a situação que se desenhava frente ao fim do mandato britânico na Palestina, a partilha desta pela ONU, e a compactuação do stalinismo com tudo isso, e elaborar acerca de que curso de ação deveria ser seguido.