O Presidente Nayib Bukele apoiou a ação e chamou de “limpeza de casa”. Com seu apoio, o Congresso destituiu todos os juízes da Suprema Corte mais o procurador-geral do país.
segunda-feira 3 de maio de 2021 | Edição do dia
State Department photo by Ron
A Assembleia de El Salvador, com apoio do presidente Nayib Bukele, que conta com maioria de seu partido “Novas Ideias” na Casa, decidiu por 64 votos a favor e 19 contrários destituir todos os juízes da Suprema Corte e o procurador-geral.
Em fevereiro do ano passado, Nayib Bukele militarizou a assembleia legislativa de El Salvador a fim de pressionar os deputados a aprovarem um crédito de 109 milhões de dólares para financiar um Plano de Controle Territorial, com o objetivo de mitigar a migração do chamado Triângulo do Norte da América Central.
A oposição declarou a decisão como um golpe e excessão à ordem. Segundo o jornal Diario Co Latino, organizações da sociedade civil se pronunciaram contrários ao que chamaram de "golpe de estado" e "abuso de poder".
A Assembleia Legislativa nomeou os substitutos logo após a destituição dos 5 membros da Sala Constitucional da Suprema Corte, a mais importante do tribunal. Os novos juízes assumiram o cargo escoltados pela polícia.
Aqui no Brasil, como era de se esperar, Eduardo Bolsonaro (PSL) saiu em defesa da ação arbitrária do presidente de El Salvador. Não podia ser diferente, a família Bolsonaro, saudosa da ditadura, por diversas vezes fez declarações com intenções golpistas do tipo “basta um soldado e um cabo para fechar o STF” ou “fácil impor uma ditadura no Brasil”.
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