×

MUNICIPAIS CAMPINAS | Contra a precarização de Dário e para retomar a campanha salarial em nossas mãos: basta de pelegada!

Mais uma vez, a direção do Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Campinas (STMC), dirigido pelo PSB, partido de Alckmin, vice de Lula, na busca de tentar evitar qualquer mobilização séria, esconde a campanha salarial e, sem a participação da categoria, prepara uma negociação que agrade, como de costume, ao governo Dário Saadi.

quinta-feira 14 de março | Edição do dia

A política pelega do STMC ocorre em um momento crítico dos serviços públicos de Campinas, de avanço da precarização e da terceirização, em que o governo desrespeita o trabalho a mobilização das cuidadoras terceirizadas que lutam contra enfrentam o congelamento e atrasos salariais e recusa reconhecer a função docente das agentes de educação infantil e monitores.

Depois de algumas plenárias e reuniões pouco divulgadas, em horários que os trabalhadores estão em seus locais de trabalho, o STMC repete a fórmula desastrosa do ano passado de excluir grande parte da categoria realizando uma assembleia, que não sindicalizados não podem participar, dentro da sede do sindicato e não onde historicamente realizamos nossas assembleias, o paço municipal. Obviamente, a pelegada do STMC quer fugir dos servidores municipais que criticam seus métodos burocráticos e suas políticas que traem a categoria. Preferem as negociações e acordos com a prefeitura do que a democracia de base dos trabalhadores.

Nós do Nossa Classe achamos que nós, trabalhadores, devemos tomar em nossas mãos a campanha salarial através da democracia de base com reuniões democráticas nos locais de trabalho e com uma grande assembleia aberta a toda categoria no paço municipal.

Sabemos também que o interesse da diretoria do STMC é votar um índice salarial que não desagrade a administração Dário. Nós do Nossa Classe, consideramos que podemos ir por muito mais. Mas não suficiente, achamos que é o momento da nossa categoria se colocar em uma grande mobilização contra a terceirização e a precarização dos serviços públicos, lutando ao lado das cuidadoras e das agentes de educação infantil!

Não é de hoje que o governo Dário deixa claro seu desprezo pelos trabalhadores terceirizados que atuam nos serviços públicos municipais. Em 2022, as trabalhadoras da limpeza que atuam nas escolas municipais fizeram uma fortíssima greve contra a empresa terceirizada Especialy que atrasava recorrentemente salários e vale transporte. Dessa vez, são as trabalhadoras responsáveis pelos cuidados de crianças público alvo da educação especial, que sofrem com atrasos no vale transporte, além de ter que viver com um salário abaixo do mínimo nacional e a mais de um ano sem reajuste. Levar a frente a demanda dessas trabalhadoras é fundamental para mostrar que nossa classe é uma só, e que estamos unidos contras os ataques dos governos, seja do prefeito Dário Saadi, seja do seu colega de partido, Tarcísio de Freitas, que quer destruir a educação pública do estado de São Paulo e atacar sistematicamente os professores e suas condições de trabalho.

Além das cuidadoras terceirizadas, que desempenham um papel fundamental no processo de educação inclusiva, vemos as agentes de educação infantil, também uma maioria feminina e negra, se organizando ano após ano, para ter reconhecida sua função docente.Os centros de educação infantil não funcionariam sem o trabalho pedagógico das agentes, que de forma impensável, sequer estão no quadro da educação municipal.

Esses exemplos de precarização na educação, são pequenos recortes de um quadro que dia-a-dia tem se aprofundado e gerando adoecimento nos servidores municipais: professoras de AGIII sem apoio, módulos que impedem um trabalho de qualidade para as crianças, creches sendo entregues a ONG´s e uma longa lista de etc de ataques também na saúde e na assistência social.

Precisamos batalhar em uma só luta, educadores, assistentes sociais, trabalhadores da saúde, efetivos, seletivos e terceirizados, por reajuste salarial mensal igual à inflação, pelo fim da terceirização e precarização do trabalho e do atendimento público. Tais medidas são essenciais para que a população tenha o direito real de acesso aos serviços públicos de qualidade garantido.

Só a mobilização pela base, a paralisação e a greve, como fazem neste momento as educadoras municipais de São Paulo, será capaz de arrancar da prefeitura bolsonarista de Dário, cada uma das nossas demandas, atropelando o sindicato que quer passar por cima do nosso direito de organização e de lutar.

É necessário que as forças de oposição ao STMC, batalhem para construir na base uma força social que seja independente do governo de Dário, mas também do governo de frente ampla de Lula-Alckmin que nos ataca, por exemplo com o Arcabouço Fiscal. Só com independência de classe de todos os setores da burguesia e dos governos, com organização em cada local de trabalho, que poderemos arrancar não só as nossas demandas salariais e econômicas, como batalhar para construir as escolas que queremos, a saúde e a assistência social que estejam realmente a serviço da população.

Nós do Nossa Classe, que construímos o Esquerda Diário, reforçamos nosso chamado para todos servidores e servidoras para que estejam na assembleia, dia 14 de março, às 17h, Rua Joaquim Novaes n°97, para tomar a campanha salarial em nossas mãos e impedir as manobras burocráticas e pelegas da direção do STMC.




Comentários

Deixar Comentário


Destacados del día

Últimas noticias