Por trás do "combate a corrupção" que a Lava Jato encena, está o interesse de importantes empresários do setor energético mundial nas riquezas brasileiras. Atacar, saquear e conquistar continua na ordem do dia.
Allan CostaMilitante do Grupo de Negros Quilombo Vermelho - Luta negra anticapitalista
quarta-feira 18 de abril de 2018 | Edição do dia
Enquanto avança o golpe institucional no Brasil, empresários se mobilizam para seguir a cartilha de destruição dos recursos públicos nacionais e de entreguismo para o capital internacional. Esses abutres das nossas riquezas têm a seu favor a atuação descarada da Lava Jato que, assim como já foi feito com a Petrobras, agora se volta para fazer sangrar a Eletrobras, próxima vítima do assédio privatista.
E foi justamente inspirado nos recentes acontecimentos da Petrobras que um grupo de acionistas estadunidenses da Eletrobrás resolveram mover duas ações conjuntas contra a empresa por má gestão de seus ativos. Em janeiro deste ano a Petrobrás deu R$ 10 Bilhões também para acionistas de empresas imperialistas em um processo bastante parecido com os que agora ocorrem com a Eletrobrás.
A estatal soma um rombo que se estima ser da ordem de R$9,1 bilhões e está sendo alvo de duas investigações da Lava Jato, ambas por esquemas de propinas nas construções da usina termonuclear de Angra 3 e na hidrelétrica de Belo Monte.
Os golpistas fazem uso do anseio do povo brasileiro contra a corrupção para entregar nossas fontes de energia para algumas das principais empresas do mundo, não foi o povo quem se beneficiou dos esquemas de corrupção, não eram os trabalhadores quem controlavam essas empresas, pelo contrário, a maioria dos esquemas eram realizados junto e em benefício de empresas privadas, mesmo assim, querem que seja o povo trabalhador quem pague com a perca de nossas riquezas para aqueles que são os verdadeiros responsáveis por toda essa sujeira, os empresários!
Contra mais essa tentativa do imperialismo de nos sugar é necessário que os trabalhadores gritem em alto e bom som que não vão aceitar a privatização da Eletrobrás! Na última segunda-feira (16/4) ocorreu uma paralisação em algumas unidades da empresa, mas ainda muito aquém da mobilização necessária para barrar de uma vez por todas a privatização da empresa brasileira.