No último dia 8, os trabalhadores da educação municipal já haviam entrado em greve. Nesta terça, 12, todas as outras categorias do funcionalismo público se somaram ao movimento.
quarta-feira 13 de março | Edição do dia
O funcionalismo público da cidade de São Paulo veio se mobilizando e decretou greve por tempo indeterminado a partir desta semana, se somando aos educadores municipais e rejeitando o irrisório reajuste de 2,16% proposto pela prefeitura do bolsonarista Ricardo Nunes (MDB), o confisco previdenciário, o congelamento do tempo de trabalho na pandemia, os subsídios e reivindicando melhores condições de trabalho.
As distintas categorias de servidores se viram divididas em meio a esse processo de luta comum. A Coordenação das Entidades Sindicais Específicas da Educação Municipal (Coeduc), composta pelos sindicatos da educação SINPEEM, SEDIN e SINESP, organizou os servidores da educação em assembleia na última sexta, 8 de março, em frente à Câmara dos Vereadores, e ali decidiram pela greve. Já o Fórum das Entidades Sindicais dos Servidores Público de São Paulo, formado pelo Sindsep, Aprofem, entre outros sindicatos do funcionalismo, paralisou no dia 8 e reuniu-se em frente à prefeitura, onde chamaram nova assembleia para esta terça, dia 12, quando definiram pela greve.
Apesar da importância da unidade dos servidores em uma só luta, as assembleias dos trabalhadores da educação e das demais categorias seguirão divididas, sendo que a próxima dos educadores será na quarta, dia 13 de março, em frente à prefeitura. Já a assembleia dos demais servidores irá ocorrer na próxima terça, dia 19.
A partir do Esquerda Diário nos solidarizamos e declaramos todo apoio a essa luta, reafirmando o que o Movimento Nossa Classe - Educação frisou em sua declaração, de que a “greve e a mobilização nas ruas é o único caminho capaz de combater e derrotar o projeto de precarização da educação de Nunes e conquistar nossas reivindicações, como a valorização salarial, contra o confisco de nossas aposentadorias, mas também combater a terceirização que divide nossas fileiras dentro das escolas e abocanha parte da nossa rede com as unidades conveniadas. Precisamos confiar em nossas próprias forças sem conciliação e sem canalizá-las meramente na pressão parlamentar.”
Leia a declaração do Nossa Classe Educação na íntegra: Construir a greve e confiar em nossas forças contra a precarização de Nunes e por nossas demandas