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Violência policial | Polícia assassina de Tarcísio mata 138% mais pessoas neste fevereiro em SP

As polícias Civil e Militar de São Paulo registraram um aumento alarmante no número de mortes causadas por intervenção policial, com um aumento de quase 138% em relação ao mesmo período do ano anterior

terça-feira 2 de abril | Edição do dia

A Baixada Santista, composta por nove municípios do litoral paulista: Bertioga, Cubatão, Guarujá, Itanhaém, Mongaguá, Peruíbe, Praia Grande, Santos e São Vicente, concentrou a maioria desses casos, representando 71,5% das mortes no mês, verdadeiro morticínio promovido pelo governador Tarcísio e pelo Secretário de Segurança Pública Guilherme Derrite. Hildebrando Simão Neto, Davi Gonçalves Júnior, José Marques Nunes da Silva, Leonel Santos, Jefferson Miranda e Alex Macedo de Paiva Almeida são algumas das vítimas deste governo.

Essas mortes ocorreram durante as operações Escudo e Verão. Desde julho do ano passado a Baixada Santista vem sendo alvo de operações após mortes de PMs, as chamadas Operação Escudo. Após a morte do soldado da Rota em julho houve 28 assassinatos em 40 dias.

A segunda operação na região foi iniciada após a morte de outro PM, em 26 de janeiro na cidade de Cubatão, e foi inicialmente chamada de Escudo pela Polícia Militar, porém, posteriormente Derrite voltou atrás e disse que as mortes pela PM eram parte da Operação Verão, que acontece sempre entre os meses de dezembro a fevereiro por conta do período de férias e alto deslocamento para as praias do litoral.

As polícias Civil e Militar mataram 88 pessoas em fevereiro deste ano, o que representou um aumento de 137,8%, quando foram contabilizadas 37 vítimas no mesmo período de 2023, de acordo com dados divulgados pela Secretaria da Segurança Pública (SSP). As polícias de SP mataram mais de 2 pessoas por dia.

Em fevereiro, a Baixada Santista registrou mais mortes cometidas pelas polícias do que crimes de homicídios dolosos. Na região, 75% das mortes intencionais na foram provocadas pelo próprio Estado. É como se, a cada 10 mortes, quase oito tenham policiais como autores. Já no estado de SP, essa relação no bimestre foi de 24,5%. No mesmo período do ano passado foi 12,9%, sendo o segundo maior índice dos últimos 11 anos, ficando atrás somente de 2020, primeiro ano da pandemia.

Essas operações sangrentas, desencadeadas sob o pretexto de combate ao crime organizado e retaliação por mortes de policiais, têm como verdadeiro objetivo impor um regime de terror contra o povo que cedo ou tarde irá se rebelar contra uma política de precarização e privatização imposta pelo governo do Estado. É urgente uma ampla mobilização dos sindicatos, dos movimentos de direitos humanos, do movimento negro.




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