Crônica de Luisa Matos, militante da Juventude Faísca e Estudante de Serviço Social da UERJ, sobre o dia 29 de agosto, Dia Nacional da Visibilidade Lésbica.

Eu vim de lá eu vim de lá
Pequenininha
Alguém me avisou
Pra pisar nesse chão devagarinho

Sempre fui obediente
MENTIRA!
Gostar de mulheres
Quando percebi que sentia tesaum, não iria nunca abrir mão fui procurando o caminho em que podia estar na luta pra
Libertar todas as outras E outros
E nisso
Uma outra lésbica da universidade, uma revolucionária, que participara
De muitos movimentos que impulsionaram dentro e fora da universidade
Me alertou
Se organizar com os lgbts pode te fortalecer
Mas acabar com a lesbofobia e todas as opressões e exploração só com uma estratégia junto a classe trabalhadora

Desde então foi um mundo novo se abrindo
E a sexualidade um processo a ser descoberta a todo momento, em movimento.
Com o ângulo de que o que nos une enquanto lésbicas é também a que nos explora nos trabalhos mais precários e todos outros setores do proletariado e oprimidos

Inclusive o capitalismo também nos limita, em qual sexualidade vamos ter como se fossemos estáticos

Que morra! Pois a sexualidade é uma descoberta viva com o movimento das transformações da vida.

Por isso nesse dia da visibilidade lésbica, que começou com Ferro’s bar indo das conversas sobre sexo, trabalho e a vida num dia de luta por orgulho

Marcada por lutas futuras em que se apoiou os trabalhadores, se renovam hoje em confiar nessa nossa força junta, sem que a desumanização diária nos tome, que sirva de força pra se levantar contra as Burocracias sindicais e estudantis que mantém as lutas separadas

Porque um mundo comunista irá nos Libertar de todo aprisionamento do lar, do corpo, mentes, do trabalho precário e explorador.

Para quem quer ver aos olhos, aqui vai o trailer do documentário sobre esse episódio do ferros bar: Ferro’ s Bar.