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Bebel busca censurar ainda mais a oposição durante o primeiro dia de congresso da APEOESP. Entenda

Nestes dias 1, 2 e 3 de setembro está ocorrendo o XXVII Congresso da APEOESP, maior sindicato da América Latina. O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo possui à sua frente a direção burocrática de Bebel, deputada do PT, que em meio a uma maior ofensiva no processo de sucateamento do ensino público, levado a frente por Tarcísio a nível estadual e pelo governo Lula-Alckmin a nível nacional, atua com de modo a impedir a organização dos professores para lutar. Mas ontem Bebel foi além e propôs uma cláusula no regimento que aumenta ainda mais a censura à oposição.

sábado 2 de setembro de 2023 | 18:46

A mesa de abertura foi seguida pela votação do regimento proposto pela direção da APEOESP para nortear o congresso. No documento, a burocracia encabeçada por Bebel propõe uma barreira de 20% de votos dos delegados nos grupos de trabalho para que uma proposta seja colocada na plenária de votação. Isto é, se uma proposta da oposição não for apresentada antes nos grupos de trabalho e obtiver ao menos 20% de apoio dos delegados componentes desses grupos, esta proposta não poderá ser levada à plenária final. Hoje, na organização dos grupos de trabalho, a direção do sindicato distribuiu os delegados da oposição compulsoriamente entre os GTs, numa tentativa de dissolver a oposição para que não alcance os 20%.

Nós do Nossa Classe Educação, junto à toda oposição consideramos esta cláusula absurda e burocrática, na medida em que este crivo dos 20% dos votos dos delegados em cada um dos grupos de trabalho impede as oposições de pautarem suas propostas no congresso de forma bastante antidemocrática, calando as vozes das minorias organizadas pela categoria e impedindo a organização de quem luta com independência de classe e dos governos.

A Oposição Unificada Combativa tem buscado atuar como exemplo de enfrentamento com a independência de classe e dos governos contra a burocracia sindical da Bebel. Maíra Machado do MRT e Flávia do PSTU, apresentaram a tese desta unidade classista que se organiza a partir do chão das escolas para exigir a formulação de um verdadeiro plano de lutas, enquanto denunciam a passividade da direção sindical. Maíra ainda lembrou em sua fala que mais de 700 professores assinaram a Carta de Santo André e que apoiam as exigência de uma plano de lutas consequente pela revogação integral do Novo Ensino Médio, por garantia de emprego, efetivação imediata de todos os contratados e contra o plano de privatizações do Tarcísio e Feder.

Nós do Esquerda Diário seguiremos cobrindo o congresso da APEOESP e expressando cada uma das batalhas do Movimento Nossa Classe Educação e da Oposição Combativa por um sindicato independente dos governos e democrático, que lute pelas demandas urgentes dos professores e estudantes, como a revogação integral do Novo Ensino Médio que o PT, à frente do governo federal, se nega a revogar.




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