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Lei Omnibus | Imprensa brasileira repercute Myriam Bregman do PTS sobre a derrota de Milei

Após o fracasso da Lei Omnibus, pacote neoliberal antidemocrático de Milei, que teve de voltar à estaca zero, repercutiram na imprensa declarações de Myriam Bregman, congressista argentina do PTS - partido irmão do MRT que impulsiona este Esquerda Diário - que foi candidata presidencial nas últimas eleições e esteve representando no parlamento a voz de milhões contra o projeto, bem como nas ruas ao lado da verdadeira força que afogou os planos de Milei: a mobilização das assembleias de bairro, sindicatos, movimentos sociais e da militância de esquerda.

quarta-feira 7 de fevereiro | Edição do dia

Fracassou a Lei Omnibus de Milei, voltando à estaca zero na tramitação institucional argentina. O enorme pacote neoliberal e autoritário (que você pode entender melhor aqui) foi parte fundamental da ofensiva de choque do novo governo de extrema direita latinoamericano, ao lado do Decreto de Necessidade e Urgência (DNU) e do ditatorial protocolo anti-piquetes de Bullrich.

Uma vitória dos trabalhadores e dos setores populares argentinos que foi arrancada com jornadas de protestos, uma paralisação nacional e o enfrentamento a uma ofensiva repressiva voraz que buscou calar as vozes das ruas com gás, bombas e cassetetes. Não conseguiram. Uma importante lição de como enfrentar a extrema direita e os ataques dos capitalistas às condições de vida e trabalho, pois não foram negociatas ou uma frente ampla com nossos inimigos o que barrou este golpe de morte que daria poderes de monarca a Milei, mas a força da mobilização de milhares de trabalhadores, jovens, vizinhos reunidos em assembleias de bairro, sindicatos, movimentos sociais e organizações de esquerda, forçando o partido de Milei e a casta política argentina que colabora com este a recuarem.

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Ecoando e buscando fortalecer essa força dentro do parlamento estiveram os deputados e deputadas da Frente de Esquerda, a maioria deles companheiros do PTS, partido argentino irmão do MRT e que também impulsiona a rede internacional do Esquerda Diário no país vizinho. Neste processo, emergiu mais uma vez como tribuna do povo a deputada e ex-candidata presidencial Myriam Bregman, cuja atuação alcançou repercussão nacional e internacional.

Na imprensa brasileira, uma nota da AFP sobre o revés de Milei foi reproduzida em diversos veículos, como GZH, a bolsonarista Jovem Pan, a Carta Capital e O Tempo. Nela, consta que

“a deputada opositora Myriam Bregman ressaltou que ‘isso significa que eles têm que recomeçar do zero. O repúdio popular se fez sentir em todo o país’, prosseguiu, referindo-se aos protestos da semana passada em frente ao Congresso durante o debate.

“Esta é a primeira vez na história da Câmara argentina que um texto já aprovado em plenário volta a uma instância anterior”, expressou Myriam.

Anteriormente, a deputada trotskista já vinha tomando presença na cobertura jornalística brasileira sobre os protestos, a repressão e a tramitação da Lei Omnibus na Argentina. Com a absurda escalada da violência na repressão por parte do governo Milei, ferindo e prendendo manifestantes que sequer quebravam as exigências do autoritário protocolo de segurança e agredindo com gás e balas de borracha mais de 32 jornalistas de diversos veículos, a Folhapress escrevia em matéria reproduzida pelo Jornal do Comércio:

A maioria das lesões relatadas foram nas pernas, mas também houve jornalistas atingidos na cintura, nas costas, nas mãos e até no rosto. Foi o caso do repórter Kresta Pepe, repórter gráfico do jornal La Izquierda Diario, que publicou uma foto com um ferimento a poucos centímetros do olho.

O advogado Matías Aufieri, por sua vez, teve que ser internado. "Matías, advogado e assessor da nossa bancada, aproximou-se da praça para fazer um levantamento do que ocorria. Ele foi baleado no olho", disse a deputada e ex-candidata à Presidência Myriam Bregman, do partido Frente de Esquerda. Ele também advoga para o Centro de Profissionais pelos Derechos Humanos (CeProDH)”.

Com a votação da lei ocorrendo no Congresso argentino e uma forte manifestação se erguendo às portas do legislativo, a Folha noticiava:

Deputados da esquerda como Myriam Bregman, ex-candidata à Presidência, saíram da sessão no Congresso e foram à rua para apoiar o protesto. "Uma manifestação tranquila e vejam no que se converteu. Por quê? Porque tinham a confirmação de que ia vir muito mais gente", afirmou ela em meio à confusão.

O Globo reproduziu um trecho de uma declaração de Myriam onde taxou o projeto da Lei Omnibus de “cambalacho”, isto é, uma negociação fraudulenta que visava atacar uma série de direitos das maiorias para garantir os lucros e privilégios de grandes grupos econômicos.




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