Julgamento de Temer custou aos cofres públicos 21,6 milhões reais nos quatro dias de julgamento. Segundo matéria do jornal Estadão o TSE custa 5,4 milhões por dia e 2 bilhões no ano, a maior parte dos gastos é destinada a pagamento de pessoal, ou seja, para garantir os privilégios dos juízes e todas as regalias e luxos negados à população enquanto votam medidas para atacar os trabalhadores e os mais pobres.
Isabel Inês São Paulo
sábado 10 de junho de 2017 | Edição do dia
Dinheiro que poderia ser destinado a garantir elementos básicos na vida das pessoas, como saúde, educação, transporte, hoje é destinado para manter privilégios e luxos a uma pequena casta de juízes. 2 milhões ao ano para manter apenas o TSE, enquanto esse mesmo tribunal vota medidas contrarias a vontade da ampla maioria da população.
Nessa sexta o TSE mostrou toda a parcialidade e arbitrariedade da justiça, mantendo Temer no cargo de presidente apesar das medidas ilegais tomadas durante a campanha. Só esse julgamento custou 21,6 milhões aos cofres públicos justamente para manter um presidente golpista que tem como tarefa atacar a previdência e as leis trabalhistas.
Alegando que a crise no Brasil é fruto de muitos gastos previdenciário, mas cada dia esta mais claro que o real problema é que toda a riqueza produzida pelos trabalhadores servem para manter diversos privilégios de políticos, juízes e empresários.
Enquanto cada trabalhador se esforça todos os dias para pagar as contas, manter os filhos na escola, dar-lhes saúde e educação. Um juiz tem garantido bolsa de milhões até para comprar roupas, além de creche e escola para seus filhos.
Acabar com os privilégios dos juízes e políticos e reverte-los para a população seria a reação mais obvia para qualquer um que vê a contradição desses números, contudo quem hoje garante esse regime de privilégio é justamente aqueles que são beneficiado por eles, como os próprios políticos e juízes, aliados, claro, aos empresários.
O exemplo mais escandaloso dessa aliança de interesses e luxos foi recente, do caso da JBS onde o empresário Joesley mesmo tendo cometido crimes de corrupção, vive livre em Nova York gozando de boa vida. Enquanto há diversos casos de pessoas presas por roubar alimentos, como o caso da mãe que roubou um ovo de pascoa para a filha e esta presa até hoje.
A justiça julga de acordo com a a raça, a classe e os interesses políticos. E essa sua arbitrariedade é custeada pelo dinheiro público que tanto falta a saúde, educação e a possibilidade de uma vida e aposentadoria digna.
Impor uma assembléia constituinte para acabar com todos os privilégios
Uma assembléia constituinte livre e soberana poderia rever todas as leis e toda a estrutura desse regime, e acabar com esses privilégios. Expropriar todas as empresas corruptas e que foram privatizadas e acabar com os luxos da casta política e do judiciário.
Essa assembléia constituinte deve ser imposta pela própria luta, para que a crise não seja desviada para novas eleições e colocando assim outro presidente para aplicar os ajustes, mais fortes ou não. Ou desembocarmos em eleições indiretas realizadas por esse mesmo parlamento e judiciário. Nessa constituinte além de impor que todas os ataques sejam revogados e acabar com esse regime podre, é a política que expõe a nu a contradição de interesses das elites com a população pobre e os trabalhadores.
Esse choque de interesses, e esse combate deve avançar na necessidade do enfrentamento com o próprio sistema capitalista, baseado na exploração e na propriedade privada, avançando para um governo operário de roptura com o capitalismo e construindo uma nova sociedade livre da opressão e exploração.