Matéria da rede Globo que ia ser reproduzida em telejornais do Rio e nacionais foi impedida de ir ao ar por decisão do juiz Gustavo Gomes Kalil, da Quarta Vara Criminal do Rio.
segunda-feira 19 de novembro de 2018 | Edição do dia
No último dia 14 completaram-se 8 meses do assassinato brutal da vereadora do PSOL Marielle Franco, ainda sem nenhuma resposta. A vereadora foi assassinada no seu carro após sair de uma atividade na Lapa, quando foi alvejada a tiros e morreu junto com Anderson, o motorista do carro.
A vereadora ficou conhecida por seu trabalho contra a violência policial e ação de milícias. As investigações até agora não apontaram os culpados porém já houve relatos de testemunhas que levantavam a hipótese de participação de políticos importantes.
Nos últimos dias, a Globo tinha noticiado que havia uma terceira pessoa no carro e que a arma do crime tinha sido produzida no Brasil. A decisão proibiu que a Globo divulgasse novos conteúdos e obrigou a retirar os já publicados. A emissora anunciou que vai recorrer.
Frente a mais esse absurdo do caso, é urgente exigirmos que o Estado garanta recursos e todas as condições para a realização de uma investigação independente, disponibilizando materiais, arquivos para organismos de direitos humanos, peritos especialistas comprometidos com a causa, e que parlamentares do PSOL, representantes de organismos de direitos humanos, de sindicatos, de movimentos de favelas, etc, que sejam parte da investigação.
Ademais, é fundamental que não nos intimidarmos diante do avanço desta extrema-direita saudosa da Ditadura militar burguesa e defensora da violência generalizada contra trabalhadores e setores oprimidos: é preciso se organizar e lutar, para combater o golpismo, o judiciário e o reacionarismo nas ruas.
Nenhum passo atrás na luta por justiça por Marielle e Anderson. Coloquemos novas energias nessa luta pelo fim da impunidade e por uma investigação independente já!