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PSDB E CUNHA | PSDB tomou a decisão mais adequada ao pedir afastamento de Cunha, diz Aécio

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), reafirmou nesta quinta-feira, 12, que o partido tomou a decisão mais adequada ao pedir o afastamento do peemedebista Eduardo Cunha.

sexta-feira 13 de novembro de 2015 | 00:00

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), reafirmou nesta quinta-feira, 12, que o partido tomou a decisão mais adequada ao pedir o afastamento do peemedebista Eduardo Cunha (RJ) da presidência da Câmara dos Deputados. Para o tucano, ainda que a sigla tenha feito o que achava certo, cabe a Cunha decidir seu destino e não o PSDB decidir por ele.

"Nossa posição política já começa a influenciar outras forças partidárias e principalmente setores da sociedade", avaliou Aécio. O senador evitou falar em pressão para a saída de Cunha, alegando que o partido não pode perder o foco na crise econômica, social e moral. Para isso, a legenda pretende apresentar na primeira semana de dezembro um documento com o diagnóstico da gravidade da crise brasileira e as propostas dos tucanos.

Sobre o impeachment, Aécio observou que o pedido de afastamento da presidente Dilma Rousseff é uma decisão que Cunha, em algum momento, terá de tomar. "Lamento que isso tenha demorado tanto tempo. A meu ver esse assunto já deveria estar sendo discutido na Casa", comentou.

O líder tucano enfatizou que o partido não terá sua atuação política limitada "exclusivamente à expectativa se vai ser aceito o afastamento" da presidente da República. "Dilma cometeu crime de responsabilidade. A não discussão significa quase que dar um salvo conduto à presidente da República, dizendo o seguinte: para presidente da República, em especial na reeleição, pode-se cometer qualquer crime. Pode pegar dinheiro de propina e usar na campanha, pode-se fazer pedalada, pode-se descumprir Lei de Responsabilidade Fiscal. Tenho certeza que não é isso que o País quer", declarou.

Aécio informou que o líder da bancada do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), esteve hoje com a ministra Maria Thereza de Assis Moura, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os tucanos disseram à ministra que não pretendem recorrer da decisão do presidente do TSE, José Antonio Dias Toffoli, de designar Maria Thereza como relatora da ação de impugnação do mandato da presidente, mesmo ela tendo votado pelo arquivamento da ação. "Confiamos na ministra Maria Thereza", afirmou Aécio.

A filosofia "da retidão e honestidade" de Aécio Neves não tem nenhuma outra base senão a hipocrisia. Enlameado em corrupção com a Lava Jato, é parte de um partido da direita neoliberal que tem altos negócios com as multinacionais e as empresas públicas, como superfaturamente de obras no metrô de SP e as fraudes na Sabesp.

Não se pode ter ilusão alguma na possibilidade do PT se contrapor a esta conduta política da direita, pois é um partido fisiológico ligado aos grandes empresários e que se beneficia dos desvios de verbas públicas e corrupção em empresas como a Petrobrás. Não à toa a direita se fortaleceu no último período, tendo seu modus operandi imitado tão perfeitamente pelo PT de Lula e Dilma no governo federal: os ajustes neoliberais e a corrupção.

As pressões advindas do escândalo das contas na Suíça e o crescente desprestígio do reacionário Cunha apenas obrigaram o PSDB a abandonar seu velho aliado. Cálculos à parte, estão todos a serviço da aplicação dos ajustes encabeçados pelo PT.




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