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ALEMANHA | Ativistas que bloqueavam manifestação racista foram reprimidos em Berlim

Neste sábado (7) o partido populista de direita “Alternativa para Alemanha” (AfD), marchou pelas ruas de Berlim. 3000 pessoas se opuseram a eles, organizaram um bloqueio e foram reprimidos pela polícia. 40 pessoas foram presas e muitas mais agredidas.

sexta-feira 13 de novembro de 2015 | 00:00

Na manifestação do AfD havia numerosos “Neonazistas” e islamófobos conhecidos. Por isso, milhares de ativistas de esquerda e antifascistas se concentraram para bloquear e impedir a manifestação direitista.

“Formem fileiras!” gritaram os manifestantes, enquanto a polícia tentava limpar o caminho para a manifestação dos racistas do AfD. Um ativista da Juventude Revolucionária Comunista, da Fração Trotskista, foi detido. Um oficial o golpeou entre as pernas e tentou pisar nele, enquanto ele já estava caído no chão.

“Quantos policiais votarão no AfD?“, uma pergunta que muitos se fizeram neste sábado em Berlim.

Aproximadamente 4000 seguidores do AfD marcharam desde a prefeitura até a estação de trens, protegidos pela polícia alemã, que enviou 1.100 oficiais para esta operação.

Sob o lema “O asilo [aos imigrantes] precisa de fronteiras. Cartão vermelho para Merkel”, os direitistas protestaram contra a política de asilo do governo alemão.

O presidente do AfD no Estado federal de Brandenburgo, Alexander Gauland, comparou a migração atual com a queda do Império Romano do Ocidente, em referência às chamadas invasões bárbaras – uma analogia absurda e antes de qualquer coisa muito racista.

Na manifestação, desde o AfD afirmaram que “a nação é a margem de uma democracia saudável”. A nação definitivamente é uma margem, mas para a burguesia, criada para dividir os trabalhadores e oprimidos.

Contra esta procissão de direitistas, aproximadamente 1.500 manifestantes se encontraram às 11 da manhã para manifestar-se a favor dos direitos dos refugiados. Desde seu ponto de encontro caminharam juntos até a praça onde acabaria a manifestação do AfD.

Na manifestação a favor dos refugiados denunciou-se o endurecimento das leis de asilo para imigrantes, aprovadas pelo parlamento alemão em outubro, e se assinalou o perigo que poderia trazer consigo o AfD.

Os sindicatos e partidos políticos mobilizaram seus seguidores em uma manifestação paralela, à qual compareceram várias centenas de pessoas.
Ao longo da jornada houve vários incidentes nos quais a polícia ajudou os direitistas a chegar até seus destinos e golpeou muitos manifestantes antifascistas.

Quando tentaram bloquear a marcha racista, a polícia se mostrou como sua maior defensora.

Os ativistas de esquerda foram atacados com cassetetes, com gás de pimenta e pisados no chão. Os policiais demonstraram algo: a vontade que tinham de poder bater nestas pessoas.

Da mesma maneira aconteceu com Günther, um jovem trabalhador da Siemens. Estava parado pacificamente junto com outros manifestantes, quando um policial passou ao seu lado e o golpeou no rosto. Este exemplo demonstra claramente de que lado das barricadas está a polícia. É um instrumento do Estado burguês e tem muitos vínculos com a extrema-direita.

Durante toda sua rota, o AfD foi hostilizado e bloqueado pelos manifestantes antifascistas. Já quase no final, algumas pessoas jogaram ovos podres sobre eles. Uma metáfora adequada para sua ideologia corrupta e direitista.




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