×

Punição pró-Israel | Unicamp persegue estudantes que lutaram contra o massacre do povo palestino

A reitoria da Unicamp abriu um processo de sindicância contra estudantes que se manifestaram no início deste ano contra a realização de uma feira em parceria com universidades israelenses. Os estudantes estão sendo processados como uma forma de punir aqueles que lutam contra o massacre do povo palestino, em um momento onde há um genocídio em curso realizado pelo Estado assassino de Israel.

Faísca UnicampFaiscaUnicamp

quinta-feira 7 de dezembro de 2023 | Edição do dia

No início do ano, no mês de abril, a Unicamp tinha a intenção de realizar uma feira com a presença de universidades israelenses, universidades que diretamente produzem tecnologia para o massacre do povo palestino que já acontece há mais de 75 anos, como por exemplo, a Universidade de Tel Aviv. O objetivo dessa feira era a de firmar mais parcerias de pesquisas entre a Unicamp e essas universidades, colocando o conhecimento produzido aqui também a serviço desse massacre. Além disso, essa tecnologia depois é produzida e exportada para diversos países, inclusive para o Brasil, onde a polícia assassina a utiliza para massacrar o povo negro nas favelas e periferias.

Essa intenção foi frustrada por vários estudantes, em unidade com entidades de luta do povo palestino, que juntos impediram a realização desta feira, se manifestando em frente ao local onde o evento ocorreria.

A reitoria da Unicamp, se importando mais em fechar as ditas parcerias do que com o massacre produzido pelo Estado assassino de Israel, abriu logo em seguida um inquérito policial contra vários dos estudantes presentes na manifestação.

De lá pra cá a situação deu um salto. No começo do mês de Outubro o Estado de Israel iniciou um verdadeiro genocídio: já são mais de 16 mil palestinos assassinados com bombardeios, tropas terrestres, franco-atiradores e outros meios, como armas químicas. A Faixa de Gaza foi submetida a uma situação desesperadora tendo sido colocada sob um cerco sem luz, água e internet. Milhares de palestinos foram obrigados a deixar suas casas, e agora são intimidados com mensagens de drones. Muitas lideranças políticas já reconheceram que o que está acontecendo é um genocídio.

Mesmo com este cenário, a reitoria de Tom Zé insiste em perseguir os estudantes que estiveram lado a lado com as organizações do povo palestino e se levantaram contra o massacre por meio de um processo de sindicância, um tipo de punição interno da universidade, como parte de um processo internacional de perseguição àqueles que lutam pelo fim do massacre.

Nós, da Faísca Revolucionária e do Esquerda Diário prestamos nossa solidariedade e nos colocamos ao lado de cada perseguido político, nos somando à campanha por nenhuma punição! Exigimos também o rompimento de todas as relações da Unicamp com as universidades israelenses que produzem conhecimento para o genocídio, e chamamos todas as entidades estudantis e movimentos sociais a se somarem nessa campanha.

Veja também: Intelectuais da Unicamp impulsionam junto à comunidade acadêmica manifesto em defesa da Palestina




Comentários

Deixar Comentário


Destacados del día

Últimas noticias