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CPMF | Dilma volta a defender aumento de impostos

Dilma voltou a defender a aprovação da CPMF no Congresso para a melhora das condições do orçamento federal. "Nós fizemos um grande esforço de reequilíbrio fiscal que, além de todas as medidas de redução de despesas que já tomamos, agora vai requerer de nós, no Brasil, a consciência e a responsabilidade para aprovar a CPMF", afirmou.

terça-feira 17 de novembro de 2015 | 00:27

A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira, 16, em reunião do G-20 (grupo das 20 maiores economias do mundo) que a volta da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) seria um estímulo à economia, e não um tributo para elevar as despesas públicas. "Aumento de imposto não é para gastar mais, é para crescer mais", disse a presidente na Turquia.

Questionada sobre a crise política vivida no país, Dilma fez uma avaliação otimista ao considerar que o governo tem conseguido recompor a base aliada, voltando a defender a permanência do ministro Joaquim Levy no Ministério da Fazenda. Para a presidente, "a situação política no Brasil está cada dia se normalizando mais".

A presidente disse que o tema deverá ser mais discutido pelo governo com a opinião pública, prefeitos, governadores e toda a sociedade. "Essa é uma questão fundamental para o Brasil se ancorar, se estabilizar e ter condições de acelerar o processo de saída da crise. Portanto, eu acredito que o Brasil vai ter nesse momento de enfrentar esse fato. É fundamental que se aprove a CPMF", reforçou Dilma.

Aproveitando-se da declaração de Dilma na Turquia, o opositor ao governo José Serra (PSDB-SP) afirmou a uma plateia de empresários, em São Paulo, que a CPMF "não vai passar". "O Brasil não queria o diabo da CPMF em 2007, com o governo Lula em alta, você acha que agora vai aprovar?", comentou o senador, em referência ao ano em que a contribuição foi derrubada no Congresso, isentando de críticas o próprio Fernando Henrique Cardoso (PSDB), um dos implementadores do imposto na década de 90.

Visto como uma das medidas a ser aprovada para dar seguimento ao ajuste fiscal, a aprovação da CPMF pode arrecadar R$32 bilhões ao atual orçamento federal para cobrir o rombo na Previdência Social.

As mudanças práticas com a aprovação da CPMF preveem que além de ter que pagar a taxa sobre saques de dinheiro no banco, quando utilizar os cartões de débito e crédito, a população será obrigada a custear a maior parte do que tal aumento representará para os empresários. Seriam cobrados 0,2% sobre todo o dinheiro movimentado na conta corrente dos brasileiros (sendo estas movimentações saques bancários, transferências bancárias e uso de cheque), sendo recolhido pelo banco, ou seja, todas as pessoas que possuem conta em banco terão de arcar com mais este imposto além dos já existentes que comem os salários dos trabalhadores.

A desculpa para a implementação deste "novo" imposto (que já foi implementado anteriormente no país, em 1993) é para cobrir o rombo existente na Previdência Social. O que os políticos não falam, é que este rombo e a crise econômica que hoje está instaurada no Brasil foi gerada pelos próprios políticos que dirigem o país, e que quem no final das contas irá ter que pagar com a CPMF será o trabalhador e a população pobre como já o vem fazendo, com demissões, aumento do custo de vida, condições precárias de saúde, educação e transporte, aumento da inflação, entre outros. Os grandes empresários e banqueiros seguem tendo lucros altíssimos no país que hoje vive mergulhado na corrupção, enquanto a população segue mais uma vez tendo seu dinheiro suado roubado para os cofres públicos.




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