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LAVA JATO | Mais dois inquéritos abertos contra senadores para a ’coleção’ da corrupção instaurada no país

Mais dois inquéritos são abertos para seguir as investigações da Lava-Jato. Desta vez contra Delcídio Amaral (PT-MS), Renan Calheiros (PMDB-AL), Jader Barbalho (PMDB-PA) e Aníbal Gomes (PMDB-CE).

quarta-feira 2 de dezembro de 2015 | 00:00

O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta terça-feira, 1, abertura de mais dois novos inquéritos solicitados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) no âmbito da Operação Lava Jato. Serão neles investigados o senador Delcídio Amaral (PT-MS), preso na semana passada, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o senador Jader Barbalho (PMDB-PA). No segundo inquérito, o pedido é por apurações sobre Renan, Jader e o deputado Aníbal Gomes (PMDB-CE), apontado como um emissário do presidente do Senado.

Os pedidos de abertura de inquérito foram encaminhados ontem ao Supremo pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Hoje, Zavascki abriu as investigações e já determinou a realização de diligências, com a remessa dos dois casos para a Polícia Federal. Sem apresentar novidades na conduta destes políticos, os parlamentares são investigados pelas práticas de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Com a abertura das novas investigações, o número de inquéritos da Lava Jato na Corte sobe para 35 e o total de investigados cresce para 68 pessoas, com 14 senadores na lista. Os processos são mantidos em "segredo de Justiça" no tribunal, e têm como fundamento duas petições ocultas.

Na Lava Jato, procedimentos desse tipo vem sido usados para abrigar delações premiadas ainda mantidas em sigilo na Corte. Uma das delações homologadas pelo ministro Teori Zavascki, do STF, em data próxima à das petições que originaram as novas investigações, é a do lobista Fernando "Baiano" Soares, como já viemos denunciando no Esquerda Diário, que podem complicar ainda mais pro lado de Cunha.

Em delação premiada, Baiano citou os nomes de Renan, Jader, Delcídio e do ex-ministro de Minas e Energia Silas Rondeau, ao narrar suposto recebimento de US$ 6 milhões em propinas em contratação do navio-sonda na Petrobrás, em 2006. Baiano também afirmou em delação que Delcídio teria recebido US$ 1,5 milhão em espécie na operação de compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. O lobista é tido como um operador do PMDB no esquema de corrupção e desvios na Petrobrás e, em delação premiada, também fez menção ao nome do presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Quanto mais se procura, mais se acha roubo nos cofres públicos e no dinheiro que deveria estar sendo destinado à população, com melhorias nas condições de vida dos trabalhadores e do povo pobre, como investimentos na saúde, educação, transportes, moradias, e tantas outras demandas que a população carece. Enquanto os políticos seguem buscando uma "saída negociada" para se livrarem das denúncias de corrupção, o povo paga caro com desemprego, aumento da inflação e carestia das suas condições de vida.




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