sexta-feira 20 de março de 2020 | Edição do dia
Enquanto nada faz para resolver a situação de crise do Sistema Único de Saúde para enfrentar o coronavírus, por outro lado, o governador Wilson Witzel investe pesado em medidas que envolvam as forças de segurança. O anúncio foi feito ontem (19), quando o governador soltou um decreto sugerindo o fechamento de todas as divisas do Estado para entrada vindas de outros estados e países aonde há circulação do coronavírus.
A suspensão ainda é um anúncio de intenções, porque a efetivação do decreto depende das agências reguladoras controladas pelo governo Federal. O governo de Bolsonaro, por sua vez, afirmou ser contrário à esta medida em sua última coletiva de imprensa nesta quarta-feira (18).
Visivelmente, há divergência de como lidar com o coronavírus entre o governo do Estado e o governo de Bolsonaro. Nessa diferença, o que ambos têm em comum é que não investiram o necessário para que o SUS possa enfrentar esta crise.
Witzel afirma que se não houver a ratificação do decreto por parte das agências federais, poderá haver responsabilização direta do governo federal e agentes da união.
O mesmo decreto prevê ainda o monitoramento das pessoas que entram e saem do Estado. Witzel se aproveita da situação para preparar medidas que, se implementadas até o final, vão configurar uma espécie de Estado de Sítio no Rio de Janeiro.
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