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FORA IMPERIALISMO DO ORIENTE MÉDIO | Americanos protestam em mais de 80 cidades contra ingerência no Irã

Por todos os Estados Unidos, manifestantes foram às ruas para protestar contra a ingerência imperialista no oriente médio, contra uma possível guerra com o Irã e pelo fim dos longos massacres produzidos por mão americanas na região.

domingo 5 de janeiro de 2020 | Edição do dia

Neste sábado (04) americanos foram às ruas por todo o país em protesto à crescente ingerência do governo dos EUA na região do Oriente Médio, que escalou a um novo patamar na última sexta feira, com o bombardeio americano próximo ao Aeroporto de Bagdá, em que foi assassinado o militar Qassen Soleimani, mão direita do Aiatolá Khamenei, e também o segundo líder no comando das milícias pró Irã. Manifestantes repudiavam os bombardeios americanos, e exigiam “nenhuma guerra com o Irã” e “Estados Unidos fora do Oriente médio”.

Os protestos, que tiveram lugar em mais de 80 cidades, reuniram centenas em frente a prefeituras, postos de recrutamento militar, e Trump Towers para exigir a saída das forças militares do imperialismo ianque da região do oriente médio, a retirada das tropas atuantes nas agora chamadas “guerras infinitas” em países como Afeganistão e Síria, que se arrastam a quase 20 anos na região e o fim da interferência americana na política da região. Com a escalada das tensões entre o imperialismo e seus inimigos na região do golfo pérsico, a possibilidade de um conflito militar direto se avizinha. Diversos grupos antiguerra, socialistas e associações de imigrantes do Oriente médio se organizaram para protestar, entre elas, a Code Pink, organização de mulheres contra a guerra.

A coalizão Act Now to Stop War & End Racism (Aja agora para parar a guerra e acabar com o racismo – ANSWER, em inglês) foi outra das principais convocadoras dos protestos. Segundo organizadores, os atos já estavam marcados desde antes do ataque ao aeroporto de Bagdá, e deveriam ocorrer em apenas algumas cidades. Porém com a escalada de tensões, o número subiu para 30. Após o assassinato de Soleimani, a quantidade de participantes mais do que dobrou. Madea Benjamin, diretora do Code Pink falou dos mais de 80 atos registrados, e ressaltou a participação da juventude e dos negros na composição dos protestos contra a guerra.

Mapa das mobilizações

Na capital americana, manifestantes se reuniram aos milhares em frente à Casa Branca carregando cartazes contra a guerra e denunciando o caráter agressor, imperialista e oportunista dos ataques. “No Justice, No Peace, US out of the Middle East” era cantado.

Em Nova Iorque, centenas tomaram a avenida Times Square, um dos principais pontos turísticos da cidade. Uma multidão menor, ainda, protestou em frente à casa do senador democrata Chuck Schumer, e denunciou a cumplicidade de ambos os partidos do Capital nos EUA com as guerras imperialistas. Outras cidades importantes, como Chicago, São Francisco, Los Angeles, Filadélfia, Portland, Boston, San Diego, Cincinnati, Pittsburgh e Atlanta também viram manifestações.




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