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UFMG | Após demissões, porteiros terceirizados da UFMG estão sem receber dias de trabalho e acerto, sem respostas da empresa e Reitoria

quarta-feira 12 de abril de 2023 | Edição do dia

No final de 2022 os porteiros protagonizaram junto aos trabalhadores da manutenção uma importante greve em defesa dos seus salários e auxílios atrasados pela empresa Conservo, e com a luta conseguiram arrancar os pagamentos da Reitoria frente ao abandono da empresa. Porém, no início de 2023 alguns dos que foram linha de frente das reivindicações foram demitidos, em uma evidente retaliação política aos que não aceitaram de cabeça baixa a exploração do trabalho sem direitos mínimos garantidos.

Agora, tanto os trabalhadores porteiros que foram demitidos, quanto os que foram recontratados pela nova empresa terceirizada que ocupa o lugar da Conservo, a Village, seguem sem receber 16 dias trabalhados em março de 2023 e o acerto trabalhista. Alguns destes trabalhadores estão há mais de 10 anos na UFMG, e relatam o descaso da empresa que diz ser responsabilidade da Reitoria, e da Reitoria que diz ser responsabilidade da empresa, enquanto ficam no escuro.

A situação de alguns dos trabalhadores que foram demitidos é desesperadora, pois enfrentam o desemprego sem direitos e a fome que já bate na porta de suas casas. É revoltante a naturalização do trabalho precário e da exploração das empresas terceirizadas pela Reitoria da UFMG, que permite a demissão de trabalhadores que sustentam o funcionamento da universidade, e também que neste momento os porteiros que estão todos os dias nas portarias dos inúmeros prédios da universidade estejam sem receber direitos de dias já trabalhados.

O Centro Acadêmico de Filosofia da UFMG junto a diversas entidades estudantis fizeram um manifesto que contou com mais de 500 assinaturas de estudantes, técnicos e professores da UFMG em defesa dos terceirizados, exigindo respostas da Reitoria e que todos os trabalhadores, da portaria e da manutenção, fossem recontratados. É preciso sustentar essa demanda pela recontratação dos trabalhadores demitidos e avançar para o pagamento imediato dos direitos, rumo ao fim da lógica escravocrata da terceirização, para que terceirizados sejam efetivados e com plenos direitos.




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