Mais de 100 professores das principais universidades dos EUA, como Brown, Harvard, Princeton e Yale, organizaram um manifesto com o objetivo de expressar seu repúdio à censura do Ministério da Educação no Brasil às disciplinas sobre o golpe.
segunda-feira 12 de março de 2018 | Edição do dia
O movimento teve início depois que Mendonça Filho, ministro da educação, declarou que mandaria investigar o professor de ciência política Luis Felipe Miguel, e a UNB, por “improbidade administrativa”, já que segundo ele a disciplina sobre o golpe não tem base científica, apenas atende aos interesses de um partido.
Luis Felipe Miguel, em resposta divulgou nota dizendo que a disciplina “se alinha com valores claros, em favor da liberdade, da democracia e da justiça social, sem por isso abrir mão do rigor científico ou aderir a qualquer tipo de dogmatismo”.
O manifesto organizado pelos docentes dos EUA, foi divulgado pelo professor da universidade de Brown, James Green, que disse “somos todos pessoas que conhecem o Brasil e as ameaças à democracia que estão ocorrendo lá”.
Para desespero do MEC e da direita apoiadora do projeto “escola sem partido” também nas universidades, que censura debates políticos, de gênero e sexualidade, já são mais de 23 universidades que oferecem disciplinas com esse conteúdo, se solidarizando com a censura que sofreu o professor da UNB.
Que cada vez mais professores, estudantes e funcionários das universidades se coloquem a combater o golpe institucional, lutando contra todos os ataques dos golpistas e contra a censura e o conservadorismo dos reacionários.
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