Na noite desta segunda-feira (30), o Ministério de Minas e Energia informou que formalizou ao Ministério da Economia o pedido de inclusão da Petrobras na carteira do PPI (Programa de Parcerias de Investimentos), o que é um avanço numa futura privatização da empresa. Contra esse ataque absurdo, é preciso lutar por uma Petrobras 100% estatal, gerida pelos trabalhadores e à serviço da população.
terça-feira 31 de maio de 2022 | Edição do dia
Imagem: Ueslei Marcelino/Reuters
Bolsonaro já disse publicamente ter vontade de privatizar a empresa diante do desgaste político sofrido pelo governo devido aos reajustes nos preços dos combustíveis.
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A ideia tornou-se uma bandeira oficial do governo após a troca de comando no MME. Dias depois de a Petrobras anunciar mais um reajuste no preço do diesel, Bolsonaro demitiu o então ministro Bento Albuquerque e indicou o economista Adolfo Sachsida como seu sucessor.
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Bolsonarista de carteirinha, Sachsida anunciou a intenção de privatizar a Petrobras em seu primeiro discurso como novo ministro.
Para que a privatização ocorra, o governo precisa de uma emenda constitucional que flexibilize o monopólio que a União detém hoje sobre a exploração de petróleo.
Uma alteração constitucional requer apoio de 308 dos 513 deputados e de 49 dos 81 senadores.
Esse ataque é mais uma expressão da sanha neoliberal e privatizadora de Bolsonaro, Guedes e toda o clã bolsonarista, que querem privatizar a Petrobras para coloca-la a serviço não da classe trabalhadora e do povo pobre, mas sim a serviço dos lucros dos capitalistas. Somente a luta organizada da classe trabalhadora e dos petroleiros pode barrar essa privatização e avançar para conquistar uma Petrobras 100% estatal, gerida pelos próprios trabalhadores, e à serviço da classe trabalhadora e povo pobre.