Aconteceram 80 manifestações em Galiza e em dezenas mais em cidades de todo o Estado Espanhol reuniram milhares de pessoas em rechaço ao assassinato de Samuel, de 24 anos, por um grupo que o agrediu aos grito de “bicha” em Corunha no último sábado à noite. Em Madrid, a polícia reprimiu a manifestação de #JusticiaParaSamuel.
sábado 10 de julho de 2021 | Edição do dia
As mobilizações exigindo #JusticiaParaSamuel se espalharam por cidades de todo o estado, reunindo milhares de pessoas em Madrid, Barcelona e Corunha e centenas de pessoas em dezenas de cidades em uma convocação que se multiplicava a cada hora que se sabia mais sobre o assassinato LGBTfóbico de Samuel.
🔴 #AHORA I Llena la #PuertaDelSol de #Madrid en repudio al asesinato homófobo de #Samuel
‼️ ¡Basta de #LGTBIfobia! ¡Que se organice la rabia en todo el Estado contra este crimen y el sistema que alienta este odio!
🔗https://t.co/Mbraq7wWPJ#JusticiaParaSamuel #XusticiaParaSamuel pic.twitter.com/oF387EIv4M— IzquierdaDiario.es (@iDiarioES) July 5, 2021
Em Madrid, a polícia reprimiu a manifestação na altura das ruas Princesa e Alberto Aguilera e ameaçou atropelar os manifestantes no bairro Argüelles, deixando pessoas feridas e presas. As tentativas de lavar a própria cara por parte das forças repressivas do Estado uma semana antes no Orgilho LGBT+ caíram à golpes de porrete contra aqueles que protestavam em repúdio ao assassinato homofóbico de Samuel. Não há campanha de “pink money” que esconda o trabalho que a polícia faz golpeando brutalmente uma manifestação que rechaça o assassinato de um jovem aos gritos de “bicha”.
Un furgón de la policía nacional atropellando a las manifestantes que quedaban en Argüelles pic.twitter.com/455sjqOUHl
— full time himbo (@miguelenege) July 5, 2021
A divulgação do homicídio de Samuel nas redes trouxe à luz muitos outros casos que foram viralizados, dentre os quais se destacam o atentado homofóbico da Polícia Municipal de Madrid nessa mesma noite, ou então as múltiplas ocasiões em que as vítimas que vão denunciar algum crime LGBTfóbico sofrem agressões e são desprezadas e ignoradas pela polícia ou pelos juízes.
🔴 #AHORA en #BARCELONA I Movilización que ha desbordado la calle Compte Borrell ante el asesinato homófobo de #Samuel #JusticiaParaSamuel #XustizaParaSamuel pic.twitter.com/w6naj6KY77
— IzquierdaDiario.es (@iDiarioES) July 5, 2021
Manifestación diante do concello en Vigo para #XustizaparaSamuel. Tocan a unha, mobilizámonos todas! pic.twitter.com/6vs5HL1C3H
— Contracorrentegaliza (@Contracorrenteg) July 5, 2021
Além disso, esses crimes são protegidos pela impunidade que costumam ter os ataques fascistas, racistas, sexistas ou LGBTfóbicos, principalmente quando convém ao Estado capitalista alimentar a extrema direita.
En #Burgos la Plaza Mayor llena exigiendo #JusticiaPorSamuel
Tomamos las calles contra la LGTBIFOBIA y su violencia estructural, contra el odio y la extrema derecha!
Si tocan a une nos tocan a todes!
Con @ESBurgosLGTBIQ @PanBurgos y muches más
Aquí estamos! 🔥 pic.twitter.com/XLFwUGIL46
— Contracorriente Burgos (@Contraco_Burgos) July 5, 2021
Não vamos nos esconder. Vamos nos mobilizar, exigindo #JusticiaParaSamuel e que as circunstâncias do assassinato sejam esclarecidas. Mas não acreditamos que essa justiça venha do aparato judicial patriarcal reacionário e herdeiro do regime de Franco do Estado Espanhol. Já é conhecida a consigna do movimento feministas que diz “se tocam em uma, tocam em todas nós” já. Também queremos dizer "se tocam em um, nos organizamos milhares".
🔴 #JusticiaParaSamuel I Desde #Zaragoza, @ana_adom y @Acomostan de @PanyRosasEE, en la movilización en repudio contra el asesinato homófobo de #Samuel
🔥📣 ¡Que se extienda y organice la rabia en todo el Estado! pic.twitter.com/EDKdoN6jeB— IzquierdaDiario.es (@iDiarioES) July 5, 2021
A indignação e a raiva não devem se transformar em silêncio e dor, mas sim em luta e organização em homenagem a Samuel e a tantos outros. É preciso organizar a autodefesa contra essa situação nas ruas, mas também levantar um movimento militante LGBTQI+ que revolucione apontando contra o sistema patriarcal e capitalista que está nos matando e ataca nossas vidas todos os dias.