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Feminicídio | Justiça por Julieta, justiça por todas. Julieta Hernandez presente!

No começo dessa semana tivemos a notícia da morte da palhaça Julieta Hernandez, vítima da ganância, da misógina e da xenofobia, que a impediu de chegar ao seu destino, a casa de sua mãe em Puerto Ordaz, na Venezuela. Julieta viajava sozinha com sua bicicleta, e sua morte de forma brutal, reabriu todo um debate sobre os riscos que as mulheres correm no Brasil que está em 5º lugar no ranking de país mais violento para as mulheres no mundo.

quinta-feira 11 de janeiro | Edição do dia

Julieta hernandez tinha 38 anos, e se intitulava de “migrante nômade, bonequeira, palhaça e viajante de bicicleta”. Venezuelana, chegou ao Brasil em julho de 2016 e estava há quatro anos viajando de bicicleta. Fazia parte de uma rede de mulheres palhaças e de cicloviajantes. E foi a partir dessa rede que foi comunicado seu desaparecimento. Julieta ficou 14 dias desaparecida, sua última comunicação foi no dia 23, na cidade de Presidente Figueiredo, no Amazonas, local onde foir brutalmente assassinada. Seus amigos vinham fazendo uma campanha nas redes sociais para achá-la, quando souberam da notícia de sua morte.

Julieta, ou Julie como seus amigos a chamavam, era uma artista do riso, que fazia da rua seu palco e de cada encontro nas suas paradas pelo Brasil sua arte, mas também se apresentava em teatros. Também era conhecida por seu nome artistico, Miss Jujuba.
Sua morte de forma precoce e brutal, não é um caso isolado e escancara as diversas violências que as mulheres sofrem, principalmente as negras e imigrantes, num país como Brasil recordista em feminicídio. A morte é o final de uma série de violências que estão colocadas as mulheres pela casamento do patriarcado e do capitalismo que nos renega aos piores postos de trabalho, mantém o trabalho doméstico e o cuidado com os filhos como uma tarefa não remunerada e feminina para garantir o lucro dos empresários, e se perpetua em cada caso de feminicídio por estarmos viajando sozinhas como foi o fim de Julieta.

É preciso lutar com toda forma por Justiça, principalmente num país onde a maioria dos casos de feminício seguem impunes. O Estado não senta na cadeira dos réus, mas também é responsável por garantir que essa cadeia de violência se perpetue cotidianamente.
O patriarcado não vai cair sozinho e precisa ser derrubado com a força da nossa luta, por Julieta e por todas nós, assim como o capitalismo, e somente com o fim desse sistema que nos oprime, que a palhaçada, a biclicleta, os sonhos e os risos poderam existir livremente.

O grupo Circo di SóLadies, companhia de palhaças mulheres, fez uma convocação para atos Bibicletadas em todo o Brasil, além da França, Argentina, Portugal, Uruguai, Chile, México. São mais de 60 cidadesjá confirmadas para esta sexta-feira dia 12 de janeiro que está sendo convocado como dia Nacional por Justiça po Miss Jujuba.

Nós do Esquerda diário nos solidarizamos com todos amigos e familiares de Julieta Hernandez e convocamos a todes a estarmos nas ruas exigindo Justiça a Julieta e todas as vítimas de feminicídio.
Nenhuma a menos!




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