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NA VIRADA NO ANO | Mais ataques aos servidores publicos no Rio Grande do Sul

terça-feira 29 de dezembro de 2015 | 00:00

Neste dia 28/12 a Assembléia Legislativa do estado se reuniu para aprovar uma série de medidas proposta pelo governador do estado, Ivo Sartori. A mais importante delas é a que congela os gastos com as despesas publicas e está sendo criticada pelos sindicatos por que vai congelar os gatos com o servidores publicos.

Nas primeiras horas do dia contingentes de cerca de 100 policiais militares se aquetelaram em volta da assembléia legislativa para impedir a entrada dos servidores que iriam protestar contra as medidas em votação. Cerca de 500 servidores publicos se mobilizaram neste dia 28/12. Apesar no número reduzido devido ao período de férias, a mobilização foi bastante representativa dos vários setores dos servidores e de várias regiões e bases sindicais. Publicamos relato de professores de Caxial do Sul sobre a situação do estado neste fim de ano. A votação segue amanhã.

Por Diego Nunes

Sartori encerra o ano aplicando seu principal pacote de maldades, incluindo o PL 206 que estipula um teto para gastos com saúde, educação e segurança congelando os salários dos servidores e promovendo demissões até o fim do mandato.

Dia 28/12 e 29/12 está prevista a votação de mais um pacote de projetos que atacam o funcionalismo público do Rio Grande do Sul e todo o conjunto da classe trabalhadora gaúcha. Este ano de 2015 foi marcado por dois grandes ralos do dinheiro público gaúcho. Em duas grandes parcelas o Fundo Operação Empresa (FUNDOPEM) beneficiou com pouco menos de 1 bilhão de reais as grandes empresas gaúchas. No primeiro levante foram 394.123.773,93 para a geração de míseros 693 novos postos de trabalho, cada posto assim custou 568.721,17. O PMDB gaúcho e seus aliados não teve vergonha de divilgar esses números em jornais de grande circulação contando com a ignorância matemática dos contribuintes. O segundo levante de dinheiro público para as grandes empresas gaúchas foi de aproximadamente 467,000,000 de reais para a geração de 640 postos de trabalho, totalizando R$729.687,50 por posto. Ou seja, em meses, cada posto de trabalho aumentou seu custo em 161 mil reais para ser gerado por essas grandes empresas que passaram o ano demitindo milhares de pessoas e obrigando outras a assinarem acordos salariais sob a ameaça do desemprego.

Grande Sartorão! Tirando dos pobres para dar ao ricos! Mais de 861 milhões de reais em incentivos fiscais com o pretexto de gerar emprego, quando em verdade se demitiu em torno de 16 vezes mais do que se prometeu contratar. Lembremos que o governo federal não fez diferente. A crise é, assim, deliberadamente o abuso econômico de grandes monopólios sobre governos que acabam sendo seus cúmplices no ataque covarde e ridículo à classe trabalhadora. Esta, por sua vez, precisa urgentemente se organizar, identificando os embusteiros burocratas sindicais que atuam apenas em discurso, e criar verdadeiras lideranças para atacar em massa os pontos fracos do monstro do capitalismo. Este ano foi de grande aprendizado para os gaúchos e gaúchas com relação às direções sindicais que emperraram a luta dos trabalhadores. Foi de grande valia também o exemplo dos secundaristas paulistas e das grandes greves no sudeste, dos petroleir@s, dos carteir@s, dos bancári@s entre outros. Seguimos fortes e convictos que 2016 será um ano de muita luta da classe trabalhadora contra o monstro do capitalismo monopolista.




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