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Educação gaúcha | Merendeiras terceirizadas do RS de Leite denunciam ausência de contratos e atrasos nos salários e benefícios

Trabalhadoras terceirizadas responsáveis pelas merendas nas escolas estaduais do Rio Grande do Sul denunciam a irregularidade nos contratos e o não pagamento dos vales transportes pela empresa Portal Serviços Terceirizados. Consequência direta da precarização e privatização avançada pelo governo Leite. É preciso lutar pela efetivação imediata de todas as trabalhadoras escolares e por novos concursos!

sábado 8 de abril de 2023 | Edição do dia

O Esquerda Diário recebeu a denúncia de que trabalhadoras terceirizadas atuando no serviço de merendas nas escolas do Rio Grande do Sul não vem recebendo os vales transporte de empresas como a Portal Serviços Terceirizados, contratada pela Secretaria da Educação privatista do governo de Eduardo Leite (PSDB). Além disso, denunciam também que muitas vem trabalhando em contratos de palavra, sem ter assinado qualquer documento ou alguma entrada nas carteiras de trabalho.

Uma situação que coloca essas trabalhadoras, em sua maioria mulheres negras, em uma situação de ainda maior vulnerabilidade, tendo que gastar do próprio bolso para ir trabalhar, ficando entre a miséria e o desemprego. Essas trabalhadoras, apesar de terem realizado um trabalho indispensável para garantir a volta às aulas, estão nessa situação graças à Raquel Teixeira, Leite e as patronais das empresas terceirizadas.

A terceirização é justamente essa forma brutal de precarização do trabalho, que retira direitos elementares e reduz os salários, além de estabelecer a realidade dos atrasos constantes, quando não diretamente o calote das empresas, e a demissão caso se reclame de alguma coisa. Não a toa dizemos que é a porta de entrada para o trabalho análogo à escravidão como vimos em Bento Gonçalves e outras denúncias que tem surgido. Além disso, aprofunda a divisão que buscam instaurar nas escolas para lentamente retirar direitos e evitar a unidade e a contagiosa revolta das trabalhadoras e trabalhadores da educação, nos fragmentando em direção, concursados, contratados, terceirizados etc.

Por isso, enquanto Movimento Nossa Classe Educação no estado, exigimos desde já o pagamento imediato dos vales, inserindo numa luta pelo fim da terceirização, com a efetivação de todas as terceirizadas e contratados sem necessidade de concurso e pela abertura imediata de novos editais para todas as funções.

Depois do enorme aumento desse tipo de precarização do trabalho nos governos petistas, a reforma trabalhista e a lei da terceirização aprovadas ainda no governo Temer e a ofensiva de privatizações, aprofundamento do trabalho precário (uberização), continuados por Bolsonaro, bem como um enfraquecimento político e ideológico dos sindicatos, mas não de suas burocracias dirigentes que mantém a passividade das categorias, é preciso levantar desde as bases uma grande luta auto-organizada pela revogação integral de todas as reformas, incluindo o Novo Ensino Médio.




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