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Metrô SP | Metrô de SP demite trabalhadores do Monotrilho para encobrir falhas de segurança e privatização

Sindicato dos Metroviários de SP publicou nota denunciando as demissões, logo após a importante greve; veja mais abaixo.
É fundamental apoiar e impulsionar a mobilização que está sendo organizada junto aos trabalhadores do Monotrilho, para reverter essas demissões.

quarta-feira 29 de março de 2023 | Edição do dia

Três trabalhadores estão recebendo por telegrama a demissão “por justa causa”, responsabilizados pela direção do Metrô pela colisão de trens no Monotrilho-Linha 15. Os trabalhadores não tiveram direito a defesa. A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes do Metrô na linha e o Sindicato solicitaram participar da apuração do incidente e foram proibidos, de forma unilateral, pela direção do Metrô. A apuração não incluiu sequer os trabalhadores envolvidos, que estão sendo demitidos. Uma reunião fechada de cúpula, sem transparência, responsabilizou os trabalhadores de forma covarde, para acobertar as falhas de segurança do sistema, ligadas ao projeto de privatização levado à frente agora pelo governo de extrema direita de Tarcísio de Freitas em SP, conforme denuncia o Sindicato dos Metroviários (ver nota abaixo).

Dessa maneira, o Metrô respalda a multinacional Alston, responsável pelo sistema de operação dos trens. Como podem ser os trabalhadores responsabilizados por um sistema que não tem nem cabine para operação e se gaba por ser todo automático, e já foi responsável por outros inúmeros acidentes na linha?

Culpar os trabalhadores é a maneira que governo tem para enganar a população e impor os interesses das grandes empresas que lucram com um transporte cada vez mais precário, inseguro e com tarifas de valores astronômicos, e com o desenho de privatização dessa linha (que já foi posta à venda), com menos trabalhadores para garantir mais lucro aos compradores, às custas também da segurança da população.

A população está em risco, e portanto tem todo interesse em uma apuração transparente das causas da colisão. As demissões são o contrário disso, por isso a luta em defesa de transporte seguro para a população passa pela luta para reverter essas demissões.

Vale ressaltar que a medida ocorre logo depois da greve dos metroviários, que evidenciaram a nefasta política de privatização e terceirização de Tarcísio. Uma evidente retaliação E acontece ao mesmo tempo que os recentes ataques que a extrema direita promoveu após a greve, atacando diretores do sindicato e inclusive com ameaças de morte à presidenta Camila Lisboa.

Fernanda Peluci, diretora do Sindicato dos Metroviários e do Movimento Nossa Classe, disse: “Estamos participando hoje, junto a outros diretores do sindicato, de uma rodada de reuniões com os trabalhadores operadores de trem da Linha 15, debatendo um forte plano de mobilização, com indicativo de paralisação, e assembleiia, e nos próximos dias uma coletiva de imprensa, distribuição de carta aberta à população, e atividades com parlamentares para denunciar o que está acontecendo. Esse é um ataque não só contra os trabalhadores da Linha 15, mas contra toda a categoria, por isso é fundamental a unidade e envolvimento de toda a diretoria e de toda a vanguarda da categoria, para levar adiante essas medidas, e realizar reuniões setoriais também nas demais áreas, especialmente na Linha 15 e no tráfego das demais linhas, para envolver a categoria na mobilização”.

Veja abaixo a nota do sindicato. Chamamos toda a solidariedade de classe, das entidades sindicais e também dos parlamentares da esquerda a essa luta.




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