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Extrema Direita | Na Inglaterra, Bolsonaro bajula monarquia colonialista e vomita reacionarismo golpista

Em sua viagem ao Reino Unido, o Presidente não apenas bajulou a monarquia britânica – depois de bajular o cadáver de Dom Pedro I, como também voltou a proferir ameaças golpistas, de que se perdesse no primeiro turno algo estaria errado no TSE.

segunda-feira 19 de setembro de 2022 | Edição do dia

Foto: Marco Bertorello | AFP

Em mais uma peça pitoresca de sua campanha, o presidente Jair Bolsonaro foi ontem a Londres acompanhar o velório da falecida monarca britânica. Essa mesma representante dessa instituição medieval e reacionária, que foi responsável pelo colonialismo inglês, que não apenas espoliou países da América, África e da Ásia (inclusive o Brasil na época do império), como promoveu inúmeros genocídios. Nada estranho, visto o histórico do atual presidente em lamber a botas de imperialistas, quando bateu continência para Trump e a bandeira dos EUA.

Durante passagem pelo Reino Unido, Bolsonaro ainda proferiu ameaças golpistas em um comício improvisado, dizendo que com certeza ganharia no primeiro turno, que se isso não acontecesse o TSE estaria fraudando as eleições, além de todo o discurso reacionário contra a legalização das drogas e a “ideologia de gênero”. Após um período mais contido pelo regime político, vendo seu estancamento nas pesquisas e a volta da possibilidade de Lula ganhar no primeiro turno, Bolsonaro volta a proferir ameaças mais abertamente golpistas, para mobilizar sua base mais reacionário.

A admiração de Bolsonaro por monarquias também se repete por aqui. É amigo e aliada dos descendentes da antiga família real. Chegou inclusive a cogitar um integrante da família - o deputado deu seu partido Luiz Philippe de Orleans e Bragança – para ser seu vice.. Vale lembrar que apesar da proclamação da república ter sido há mais de 120 anos atrás, essa família ainda vive de parasitar a população de Petrópolis, que é obrigada a pagar o laudêmio, um imposto que vai direto para a os Orleans e Bragança, ao mesmo tempo que vivem numa enorme precariedade, evidenciada nas chuvas que mataram centenas de pessoas no início do ano..

Para deixar claro seu apreço pela monarquia brasileira, essa instituição que se sustentava em cima do sangue e suor dos escravos negros e no genocídio dos indígenas, Bolsonaro ainda fez uma apresentação grotesca com o cadáver de Dom Pedro no 7 de setembro. Qualquer similaridade não é mera coincidência, visto que sob o governo Bolsonaro vimos aumentar o nível de trabalho escravo no Brasil, assim como o massacre das populações originárias.

Esse cenário só mostra, como viemos dizendo aqui no Esquerda Diário, que a extrema direita, mesmo se derrotada nas eleições, continuará sendo uma força social relevante. Nesse sentido, urge desde já preparar a vanguarda para enfrentar o bolsonarismo e a extrema-direita no terreno da luta de classes, assim como para revogar todas as reformas e ataques




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