domingo 28 de outubro de 2018 | Edição do dia
Em uma eleição marcada pela manipulação do judiciário e atuação das Forças Armadas o candidato inimigo dos professores e educadores se sagrou vitorioso.
Jair Bolsonaro representa uma extrema-direita reacionária, racista, machista e homofóbica, que tem nos professores um dos seus principais alvos de ataques, e isso não é de agora.
Desde que saíram dos bueiros da ditadura militar Bolsonaro e a extrema-direita escolheram os professores como um dos seus principais inimigos. Não à toa são fiéis militantes do projeto Escola sem Partido, que será “a menina dos olhos” do próximo governo, como eles próprios gostam de bradar.
Nós professores, trabalhadores da educação e os estudantes, que já viemos expressando repulsa a Bolsonaro pela ameaça que ele representa ao povo trabalhador e seu discurso de ódio contra as mulheres, negros, indígenas e lgbts, podemos ser a linha de frente contra esse governo, cuja eleição é a expressão da continuidade do golpe e do fortalecimento da extrema-direita para descarregar a crise nas costas da classe trabalhadora e seus filhos.
A Apeoesp, sindicato dos professores estaduais de SP, que é dirigida pelo PT e PCdoB, e o Sinpeem, sindicato da educação municipal de São Paulo presidido por Claudio Fonseca, precisam romper com qualquer demagogia e paralisia e organizar já um combate sério contra o avanço da extrema direita, contra o golpismo e as reformas.
Precisamos exigir dos sindicatos, das centrais sindicais, entidades estudantes e populares que impulsionem comitês de base para organizar a resistência e preparar uma grande paralisação nacional combinada com mobilizações de rua em todo o país.
Não podemos esperar até janeiro para começar a nos organizar para enfrentar o governo reacionário de Bolsonaro.
Nós professores do Nossa Classe Educação chamamos a todos os professores e trabalhadores da educação para se juntarem a nós nessa exigência e luta contra a extrema-direita.