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OPINIÃO | O grito de liberdade vem da ocupação

Olha quanta risada, quanta alegria, lá tem música e roda de conversa todo dia, e onde os portões que para eles eram trancados para manter a disciplina tem suas chaves na mão de todos sem restrição. Lá eles podem ter aula de artes, seja teatro, desenho ou percussão.

Há também oficinas, palestras e cinema, é só trazer idéia, se tem uma coisa que é bem vinda é a sugestão, porque com ela vem a animação e aprender por próprio interesse se torna pura diversão.

Seja bem vindo ao nosso espaço, essa é a Ocupação. Somos produtos de uma sistema falho no qual a última finalidade possível é a educação, sistema esse que vem sido mantido para não sermos capazes de fazer o que temos feito, tomar o espaço escolar sem ter o que por defeito, um espaço de formação de um cidadão, talvez não tão politizados, mas que com o auxílio da razão vem se tornando cada dia mais críticos. Sim, somos boa parte menores de idade, delinquentes por reagir e mostrar que somos mais do que número de matrículas ou gastos a serem cortados, somos futuro de uma nação que não sabe nem para que serve um deputado.

Podemos ser crianças enxeridas por colocarmos nossos dedos na ferida e termos nos tornado pedras nos sapatos italianos de algumas dúzias de colarinhos brancos que não estão acostumados a serem enfrentados por essa massa defeituosa de um investimento de médio a longo prazo que em algum momento falhou. Graças a e Deus falhou, pois foi graças a essa falha ou mesmo por falta dela é que aprendemos a sermos "mal educados". Repito, fomos feitos para não pensar, imagine a quantos não assusta o nosso grito.

Vamos contra nossos vizinhos, porém a favor da comunidade, essa mesma que reclama da criminalidade. Ao contrario de Marcelo Resende e José Luiz Datena achamos que a falta de cadeias não seria um problema se algumas gerações de formandos atrás já tivessem contrariado o sistema.

Olhe para eles, para a postura desses alunos que saem da sala de aula, seu lugar por obrigação, para se apropriar de toda uma escola, que é seu lugar por direito. Olhe para ela, veja os olhos dessa criança, que comprou uma guerra em nome da esperança. Olhe para esses olhos que de noite tem que adormecer quase abertos, pois na madrugada a polícia pode chegar para reintegrar a posse do que na realidade é dessa própria criança o lugar.




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