Na manhã do último sábado, 28, Mãe Tânia de Oya foi informada que seu centro de candomblé, localizado no bairro Fonseca em Niterói, teve quase todas as imagens destruídas a única poupada foi Iemanjá.
segunda-feira 30 de julho de 2018 | Edição do dia
Mãe Tânia de Oya disse que há aproximadamente 20 anos mantem a casa religiosa, nunca tinha recebido ameaças e que os vizinhos frequentam.
O subsecretário da Coordenadoria de Defesa dos Direitos Difusos e Enfrentamento à Intolerância Religiosa de Niterói (Codir), Gilmar Hughes, afirma que acompanhou a abertura do BO (boletim de ocorrência) do caso e entrou em contato com o Centro de Promoção da Liberdade Religiosa do estado (Ceplir) para prestar apoio à vítima. Hughes lembrou que, desde 2011, Candomblé e Umbanda são patrimônios cultuais e imateriais de Niterói.
No Estado do Rio de Janeiro foi constatado um aumento de 56% no numero de casos de intolerância/racismo religioso em relação aos primeiros 3 meses do ano passado. Nessa época,traficantes evangelizados se incumbiram de atacar templos religiosos de matriz africana.
Os casos de intolerância religiosa com as religiões de raízes africanas é uma das muitas formas que podemos observar o racismo em nosso país. A constituição declara o país laico, com livre exercício de todas as religiões, mas não é isso que vemos onde até presidenciáveis esbravejam contra as regiões africanas, como é o exemplo de Bolsonaro.
O estado do Rio também é responsável por esses ataques e por criminalizar as expressões da cultura afro-brasileira, pois não pratica o estado laico e acoberta os crimes de racismo religioso enquanto a bancada religiosa lucra milhões com as isenções de impostos de suas igrejas.