Trabalhadores se mobilizaram exigindo água e comida. É um retrato da precarização do trabalho na maior empresa do país. A mesma empresa que dá centenas de bilhões de reais aos acionistas corta salários do CNCL e deixa trabalhadores em alto-mar passando fome.
domingo 21 de agosto de 2022 | Edição do dia
A mobilização dos trabalhadores da P-70, localizada no campo de Atapu, do pré-sal e com capacidade de produção de 150mil barris/dia acontece em meio à greve do CNCL, mobilizações em outras unidades em defesa dos direitos dos petroleiros.
É um escandaloso retrato da realidade na Petrobras uma plataforma que diariamente produz riquezas de R$70 milhões (150mil barris X US$90,12 por barril X 5,17 dólar por real) se mobilize para exigir comida e água. E mais, a realidade da P-70 não é a única, há diversos relatos de dias sem fornecimento de proteína além de ovo em outras gigantescas plataformas do pré-sal, pertençam elas a diretoria da UO-BS ou de UO-BUZIOS e UO-RIO.
A luta dos petroleiros da P-70, dos trabalhadores do CNCL contra o corte de seu adicional de console, da PBIO em defesa de sua garantia de emprego e denunciado sua privatização, do TABG denunciando falta de efetivo e falta de registro e investigação de acidentes são um ponto de apoio para todos petroleiros se organizarem em defesa dos direitos de todos petroleiros no Acordo Coletivo de Trabalho sendo atacado pela empresa. É necessário exigir dos sindicatos petroleiros em cada assembleia que está marcada para acontecer nas unidades de trabalho um verdadeiro plano de lutas com mobilizações e greves, é possível construir a unidade da categoria e derrotar os ataques, marcando um terreno contra as privatizações. A FNP base onde estão localizados o CNCL, TABG, P-70 pode cumprir um papel para impor à FUP verdadeiras mobilizações e greves para derrotar a gestão bolsonarista e à mando da Bovespa e Wall Street na empresa.
A luta dos trabalhadores e não a espera de eleições que podem garantir os direitos dos petroleiros e impedir as privatizações. A extrema direita e a direita e todos seus braços na empresa não serão derrotados na espera passiva do que se conseguiria com Lula e sua eterna conciliação, agora com Alckmin e a Bovespa, mas através da luta de classes.
Viva a mobilização dos petroleiros da p-70 e todos unidades petroleiras em luta! Viva a greve do CNCL!
