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Pão e Rosas rumo ao 30J: Mulheres precisamos tomar a greve geral em nossas mãos

Na reta final da preparação da Greve Geral, nós mulheres, precisamos mais do que nunca tomá-la em nossas mãos para que ela seja efetiva, pois não podemos deixar a luta pelo nosso futuro nas mãos das direções das grandes centrais sindicais, que estão vacilantes na construção dessa importante luta contra as reformas que atingirão sobretudo as mulheres.

Pão e Rosas@Pao_e_Rosas

terça-feira 27 de junho de 2017 | Edição do dia

Nós mulheres somos metade da classe trabalhadora, e seremos as principais atingidas pelas reformas e ataques do governo golpista de Temer e de todos esses políticos. Recebemos os menores salários, ocupamos os postos de trabalhos mais precários, como trabalhadoras terceirizadas, e ainda sofremos cotidianamente com a dupla, as vezes tripla jornada de trabalho.

A crise segue aberta no governo, com intensas disputas entra a casta dos políticos e a do Judiciário, que para satisfazer os interesses dos capitalistas seguem aplicando a agenda de ataques e impondo uma derrota ao movimento de trabalhadores. Enquanto isso, vemos uma articulação de figuras como Lula e FHC, numa busca por uma tentativa de um novo pacto nacional que garanta a implementação das reformas, que pode inclusive culminar em eleições diretas para presidente.

As grandes centrais sindicais como a Força Sindical e a UGT, juntamente com a mídia golpista, buscam de todas as forças de desmontar a greve geral marcada para o próximo dia 30. Outras centrais, como CUT e CTB, manobram para desviar nossa mobilização para uma reivindicação por diretas já, enquanto buscam uma forma de conciliar reformas mais amenas.

Internacionalmente, nós mulheres estamos nos levantando pelos nossos direitos, como o direito ao aborto legal, seguro e gratuito, contra a violência machista perpetuada por esse sistema capitalista, questionando os ataques e ajustes dos governos e da direita e lutando pela igualdade salarial. Essa força, expressa num movimento internacional de mulheres, mostra que somos uma potência social e que devemos estar unidas com o conjunto dos trabalhadores para lutar contra toda forma de opressão e exploração. Pois somente, lutando lado a lado com o conjunto da classe trabalhadora é que poderemos enfrentar os ataques dos patrões e desses governos que só querem descarregar a crise nas nossas costas.

No Brasil, estivemos na linha de frente das grandes mobilizações que aconteceram esse ano, como no dia 8 de março, na paralisação nacional do dia 15 de março, na greve geral de 28 de abril e na ocupação de Brasília em maio. Nós, mulheres trabalhadoras e jovens, precisamos tomar em nossas mãos a construção desse dia 30 de junho, para que possamos por meio de assembleias e comitês de base, preparar uma grande greve geral capaz de derrubar as reformas e Temer.

Nossa luta contra as reformas que nos farão trabalhar até morrer, deve ser combinada com uma resposta política para toda essa crise, mostrando que com a força organizada das mulheres juntamente com o conjunto dos trabalhadores podemos colocar no chão todas as reformas e também derrubar o Temer. Podemos acabar com esse congresso de corruptos e vendidos para impor uma Assembleia Constituinte Livre e Soberana, tomando em nossas mãos as grandes decisões do país.

Uma saída de fundo, a partir de nossa mobilização, nos permitirá trocar os jogadores, mas também mudar as regras desse jogo político, lutando para eleger representantes entre as trabalhadoras e trabalhadores para uma nova Constituinte. A primeira tarefa dessa Constituinte será a anulação todos os ataques de Temer, Dilma, FCH e Collor, avançando para garantir direitos essenciais a todas nós, como o direito ao aborto, legal, seguro e gratuito, medidas de combate a violência machista, creches, restaurantes e lavanderias públicas, entre outros direitos fundamentais para as mulheres e os trabalhadores.




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