O governador bolsonarista de São Paulo Tarcísio de Freitas declarou uma verdadeira guerra contra os metroviários e os trabalhadores ameaçando acabar com os serviços públicos, privatizando o Metrô, a Sabesp e CPTM. O apagão em SP que atingiu milhões de pessoas escancarou as consequências das privatizações. No Metrô, os ataques se intensificaram com este plano de desmonte do governo de extrema direita com a demisão de 8 metroviários, incluindo o vice-presidente do Sindicato, num forte ataque contra nossa categoria. Por isso, para a luta contra a privatização e as terceirizações triunfarem, precisamos da mais ampla organização e democracia de base para coordenar todos os trabalhadores em luta. Isso exige que a nossa luta seja organizada de forma independente de governos e patrões, pois a conciliação com esses setores que atacam os trabalhadores e os oprimidos fortalece as políticas da extrema-direita.
quarta-feira 22 de novembro de 2023 | Edição do dia
O governador bolsonarista de São Paulo Tarcísio de Freitas declarou uma verdadeira guerra contra os metroviários e os trabalhadores ameaçando acabar com os serviços públicos, privatizando o Metrô, a Sabesp e CPTM. O apagão em SP que atingiu milhões de pessoas escancarou as consequências das privatizações. No Metrô, os ataques se intensificaram com este plano de desmonte do governo de extrema direita com a demisão de 8 metroviários, incluindo o vice-presidente do Sindicato, num forte ataque contra nossa categoria. Por isso, para a luta contra a privatização e as terceirizações triunfarem, precisamos da mais ampla organização e democracia de base para coordenar todos os trabalhadores em luta. Isso exige que a nossa luta seja organizada de forma independente de governos e patrões, pois a conciliação com esses setores que atacam os trabalhadores e os oprimidos fortalece as políticas da extrema-direita.
No próximo período, ocorrerão as eleições de delegados sindicais na nossa categoria, e eleger um corpo de delegados sindicais combativo será fundamental para erguemos cada vez mais fortemente a luta contra a privatização e a terceirização, para unificar a luta com as demais categorias e fortalecer a exigência por contratações, o cumprimento do acordo de campanha salarial, e outras demandas da categoria como escala de 36h e a manutenção e ampliação das escalas base. Acreditamos que essas eleições são um passo no sentido de fortalecer a organização de base dos trabalhadores, o que precisamos aprimorar, batalhando para que os delegados sindicais possam ter poder deliberativo, mas para que desde já cumpram um papel fundamental na democracia e organização dos trabalhadores. Por isso, frente à necessidade de fortalecer a nossa luta, dentro e fora do Metrô, para unificarmos internamente os metroviários e os trabalhadores terceirizados, junto dos trabalhadores das demais categorias e com a população, inclusive em um momento de luta, queremos apresentar algumas ideias para fortalecer nossa organização de base:
1 - Confiar somente na força da mobilização dos trabalhadores
É a força dos trabalhadores organizados que pode derrotar todos os ataques. Por isso, devemos apostar que nossa luta precisa ter independência política diante dos governos. Não vamos derrotar o plano privatizador de Tarcísio buscando como aliados os setores do governo de frente ampla que incorporaram o partido de Tarcísio no próprio governo Lula-Alckmin, este mesmo governo que privatizou o Metrô de BH, aprovou o Arcabouço fiscal que favorece as privatizações nos estados e já prometeu 10 bi para Tarcísio usar na construção de linhas privadas de Metrô. Por isso é importante preservar a independência de classe do nosso Sindicato e da nossa luta levantando também as bandeiras da revogação de todas as reformas, privatizações e do Arcabouço Fiscal.
2 - Ninguém fica pra trás!
Organizar a mais ampla campanha democrática em defesa de todos os lutadores. Reintegração imediata dos 8 demitidos da luta contra as privatizações. Reintegração dos demitidos do Monotrilho e de todos os demitidos. Retiradas da suspensão de 28 de dias e todas as advertências. Ninguém fica pra trás!
3 - Unificar a luta com as demais categorias
Precisamos fazer chamados públicos aos trabalhadores chamando à unidade, e exigindo das centrais sindicais que organizem uma greve geral em São Paulo, construída a partir da base dos trabalhadores para derrotar os planos do governo. As reuniões entre as direções sindicais são importantes, mas não substituem a força dos trabalhadores organizados, por isso, organizar a unidade efetiva e democrática entre as categorias. Isso só pode se dar em assembleias, pela base, unificando no chão das categorias a nossa luta.
4 - Em defesa dos terceirizados e das terceirizadas
O combate à terceirização tem que ser um centro da nossa luta batalhando pela unidade com os trabalhadores terceirizados, por isso a defesa da igualdade de direitos e salários e da efetivação de todos os terceirizados sem concurso público é uma bandeira fundamental para nossa luta.
5 - Unir a nossa luta com a população
Nós somos os setores mais interessados em defender um transporte de qualidade, por isso lutamos para unir nossas demandas as da população mostrando que a nossa luta está lado a lado com o povo trabalhador que utiliza o transporte e é essa a finalidade da defesa do programa por um transporte 100% estatal sob controle de trabalhadores e usuários.
6 - Defender Comandos de Greve para potencializar nossa luta
Devemos batalhar por mecanismos de auto-organização nos momentos de luta que permitam que as decisões da nossa luta não fiquem restritas somente à Diretoria, que decide quando convocar as assembleias. É preciso ter um organismo da base, votado para a luta, um Comando de Greve com delegados eleitos nas setoriais para fomentar a auto-organização que atue de forma conjunta com a Diretoria nos momentos de luta.
7 - Lutar contra o machismo, o racismo e a LGBTfobia
Contra todas as formas de opressão que se impõem contra a nossa classe nesta sociedade capitalista, lutamos pela unidade da classe trabalhadora enfrentando o racismo, o machismo e a LGBTfobia, disputando a consciência dos trabalhadores e batalhando para enfrentar a opressão e a exploração de forma conjunta.
8 - Organizar pela base para derrotar a privatização e avançar em nossas conquistas
Nos últimos anos lutamos muito contra a retirada de direitos, por contratações de trabalhadores efetivos, batalhando pela equiparação salarial, jornada de 36h, escala base, luta pela PR, pega garantia do pagamento dos steps, entre outros. É necessário que o Metrô de SP cumpra o que se comprometeu no acordo coletivo!
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